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sábado, 30 de agosto de 2025

Onde você se encontra Agora? Show de Truman ou Dia da marmota?

Como lidar com o tedioso “Show de Truman”

Caro confrade, qual a sugestão que você daria para um recém desperto, para como lidar com o vazio que hoje ele percebe em relações que, antes do despertar, lhe pareciam nutritivas? Como se relacionar socialmente sem cair no isolamento que surge do medo? Como lidar com o tédio que surge das mesmas situações repetitivas, como se estivesse vivendo no "Show de Truman"?

Quem não viveu isso, que aperte o delete! Essas são perguntas que tocam diretamente o âmago da experiência de quem atravessa o despertar de forma radical — e percebe, como um estranho no próprio mundo, que aquilo que antes parecia pleno, agora exala um silêncio desabitado.

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Sobre o vazio nas relações antes nutritivas, uma das possibilidades é:

O processo de descondicionamento exige que aceitemos a morte — simbólica — dos vínculos antigos, sem pressa de substituição — e se abrir à qualidade, não à quantidade, do novo encontro.

O que parecia nutrir, muitas vezes apenas distraía. Quando, pela observação passiva não reativa, se expande nossa capacidade de percepção da realidade, relações baseadas em carências mútuas, papéis sociais ou afinidades superficiais se tornam estéreis. Mas antes que a mente pegue isso para criar conflito, é preciso ressaltar que não é necessário rejeitar essas pessoas, essas ambientações — mas somente reconhecer que a profundidade da nova percepção, exige um novo campo de vínculos: mais verdadeiros, mais silenciosos, mais livres.

Ele exige também, que você não busque preencher o vazio — mas sim, observá-lo passivamente. Pois o vazio, pode ser o berço de relações fundadas na Consciência, não no personagem inseguro, calculista e imitador.


Sobre o isolamento após o despertar

O processo também exige a distinguir solidão existencial de isolamento por proteção. E ousar estar presente entre os “adormecidos”, sem se esconder nem se impor.

O isolamento nasce quando o medo de ser mal compreendido, julgado ou rejeitado domina a cena. Mas o isolamento endurece. E o mundo não precisa de mais muros — precisa de pontes entre os que observam e os que ainda dormem.

Você não precisa "explicar" sua nova visão — apenas encarnar o silêncio lúcido que ela trouxe. Estar com os outros, sem necessidade de aprovação, já é um ato de rebeldia inteligente.

O grande truque é se manter em silêncio entre palavras vazias. No espaço entre opiniões. E na escuta passiva não reativa, entre ruídos.


Show de Truman ou o Dia da marmota? Qual deles você vive agora?

O lance é usar o tédio como um radar: ele mostra onde não há vida real. E então buscar viver com presença — não no que se faz, mas em como se faz.

A sensação de estar dentro de um script artificial não é ilusão: é percepção crua da repetição mecânica da mente coletiva. Mas o tédio é apenas o reflexo da ausência de presença e de capacidade de Amor Impessoal. Quando o despertar é pleno, até varrer o chão ou olhar para uma folha se torna novo.

Você não precisa buscar por novidade externa. Precisa de consciência viva.
E às vezes, basta mudar a qualidade da atenção para sair da prisão de Truman, da manhã tempestuosa do dia da marmota.


Caro confrade, você que despertou, está em terra de ninguém — entre o mundo velho que não o reconhece, e o novo que ainda não se revelou. Por isso, sua tarefa não é adaptar-se nem rebelar-se — mas ancorar-se na observação passiva não reativa. Na presença. Na verdade. E seguir em seu processo. Mesmo que sozinho. Mesmo sem aprovação dos familiares. Mesmo que doa.

Porque o que você vislumbrou… não pode mais ser desvislumbrado.

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill