Nós, adultos adulterados adulterantes
... Psicológico aí, que foi colocado na nossa cabeça aí e que fica esse acúmulo de memória, esse que é o problema. Então a gente vem aí com esse grupo, vem estudando como é que foi o processo de condicionamento nosso; a gente perceber esses condicionamentos e também não transferir esses condicionamentos como um adulto adulterante. Na observação desses condicionamentos, fica fácil de percebê-los e de não transferir de forma inconsciente e inconsequente — que foi exatamente o que acabou ocorrendo como esses, com essas pessoas significativas de nossa vida, que tentarão dar o melhor delas para nós, mas que não tinham consciência de que muito do que eles achavam que era educação, era na realidade abuso.
Nós ouvimos agora experiência do Luiz, com essa honestidade emocional e a gente percebeu: o outro está acreditando que está nos incentivando, quando na verdade, muitas vezes é abuso. Então, muito do que foi passado como educação, era um processo de abuso, que fragmenta; quero nos enche dessa vergonha tóxica que acaba contaminando tudo na nossa vida, não é?
Então, quando a gente está falando e a gente acaba citando algumas pessoas significativas da nossa vida, não é com o sentido, não é? — de criar aí uma caça às bruxas, ou satanizar essas pessoas. Não é nada disso! Até porque, eu hoje quando olho em volta, eu percebo que a grande maioria dessas pessoas, desses adultos adulterados adulterantes, que foram pessoas psicologicamente significativas na minha vida, elas nem sequer chegaram a ter a possibilidade de se perceberem como pessoas adulteradas, profundamente adulteradas, que vieram de famílias muito mais disfuncionais, que vieram de eras e ambientes muito mais disfuncionais.
Então, quando a gente cita isso, é pra quem sabe facilitar a percepção, não é? O entendimento e, quem sabe, com essa identificação, um confrade sobe aqui e traz mais alguma coisa, e a gente consiga perceber mais uma parte desse processo, não é?
A gente costuma — eu tenho procurado dar o nome — só pra gente conversar, porque não há a ideia de organização nisso, mas, eu tenho dado o nome de “pensamentose descentralizante”, não é? “Ose” quer dizer “doença”, então, a doença do pensamento (psicológico condicionado) que nos descentralizou; que nos descentraliza; que nos tira o foco; que nos tira o “sopro” (que nos habita e no qual somos); que nos tira o ritmo; que nos tirar a sensibilidade; que nos tirar esse senso de pertencer; que cria essa ilusão de separatividade, não é?
Então, a gente vem aí com esse grupo tentando traçar assim esse “processo”, como numa doença. Uma doença é caracterizada pelos sintomas de incubação, não é? os sintomas de manifestação, e a partir do momento que você vê isso há um processo de retomada de consciência — de cura. Esse material todo que está aí, ele aponta justamente para um “processo de resgate dá consciência que somos”; ele aponta pra isso; ele aponta pra percepção desses condicionamentos. O que a gente vem falando, é que é um processo “ego-conhecimento”: a gente vai nesse processo de ego-conhecimento, ou seja, conhecendo as manifestações desse “ego”, a maneira como que ele funciona e, através disso, quem sabe, a gente tem essa experiência de autoconhecimento, ou seja, conhecer aquilo que realmente somos e não aquilo pelo qual nós somos criados para acreditar que somos: esse personagem, não é? De um script aí, muito maluco.
Então, é isso aí gente! Eu vou me despedindo de vocês aí, deixando um forte abraço fraterno aí pra vocês; chutes nas canelas bem fortes aí, para vocês pularem bastante aí, e ver se cai dos ossos, os possíveis condicionamentos que estão impedido de ver e de sentir aí, o que que vem a ser a verdadeira liberdade de espírito humano. Está bom, gente? Beijo no coração de todos e vou colocar uma música que da Mariza monte aqui, pra vocês aí, “tá bom?” Beijão aí!