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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Sobre a influência social

            Falamos outro dia sobre o significado do conhecimento, e como o conhecimento impede a clareza da percepção. Creio que temos investigado profundamente esta questão, e nesta manhã quisera se possível for, discutir a virtude. Para indagar nesta questão, temos que considerar a influência da sociedade, o significado social da virtude e da autoridade, e do estado de solidão. Todos esses fatores estão aplicados nesta palavra “virtude”.
            Temos, primeiramente, toda esta questão da influência social, como somos moldados tanto pela estrutura sociológica como pela psicológica da sociedade. A forma com que pensamos, a maneira como atuamos, nosso sentido de responsabilidade, se posso usar esta palavra, da qual falamos outro dia: tudo isso é resultado da influência social. Psicologicamente não estamos separados da sociedade. Nossas reações, nossos pensamentos, são o resultado de nosso condicionamento, que é determinado pela estrutura psicológica da sociedade. Ainda que nos eduquemos em colégios e escolas e adquirirmos certa quantidade de conhecimento técnico em diversas áreas, a maioria de nós caímos a mercê da sociedade. Esta molda o nosso caráter. Nossas idéias religiosas estão condicionadas pela sociedade, pela cultura em que nascemos. A influência da sociedade molda todo o nosso ser. Somos católicos, protestantes, judeus, hindus, isto ou aquilo, com sua correspondente serie de dogmas, crenças e superstições. Dentro desse molde, cultivamos o que chamamos nossos próprios valores, porém nisto também somos influenciados consciente ou inconscientemente por muitas coisas, pelo alimento que comemos, pelo clima em que vivemos, pelas roupas que usamos, os jornais, revistas e livros que lemos, pelo rádio e a televisão. Sem compreender todas estas influencias, que são imediatas, penetrantes e constantes, sem dar-se conta por completo da influência de instante em instante, a virtude perde o seu significado. Quando não há compreensão da influência, seguimos simplesmente uma norma que tem chegado a ser respeitável, e a respeitabilidade não é virtude. Ao contrário, a respeitabilidade é um horror, não tem em absoluto nada haver com isso que se pode chamar de virtude, e no qual vou entrar agora.
            Assim, pois, se alguém quer realmente compreender a extraordinária virilidade da virtude e a força da virtude, tem primeiro que se dar conta da influência; não somente da influência que recebemos constantemente, senão também, da inconsciente, para qual, maioria de nós somos tão receptivos, e que é muito difícil de perceber.
            Porém, é possível por acaso, estar livres da influência: a influência de nossa esposa ou marido, de nossos filhos, da sociedade, de tudo o que nos rodeia? É possível estar livre dessa influência extraordinariamente insistente que continua a todo tempo na forma de propagandas através dos jornais e dos livros? Se dizemos que não é possível estar livre da influência, então,  evidentemente, a questão termina aí. Então, não há a necessidade de mais indagação, e toda virtude chega a ser mera imitação, ajuste a uma norma. A sociedade, com seu código de ética, suas responsabilidades, seus valores tradicionais, insiste em sua exigência de que o individuo se ajuste ao padrão estabelecido, e a esta conformidade a chama de moralidade; e é imoral a pessoa que se desvia do padrão estabelecido. Porém, por certo, alguém tem que estar completamente livre do padrão, tem que romper por completo com a estrutura psicológica da sociedade, o que significa que tem que se dar conta de toda a estrutura em si mesmo, tanto na mente inconsciente como na mente consciente. E é muito difícil dar-se conta do próprio condicionamento inconsciente. Conscientemente pode alguém recusar a estrutura moral da sociedade, e muitas pessoas o fazem; dão de ombros e a deixam de lado. Porém, a influência da sociedade não se limita ao século atual, inclui também o imenso passado com toda a sua propaganda, sua tradição, e este padrão está profundamente incrustado no inconsciente; e ao dar-se conta da norma inconsciente requer certa qualidade de negação.
            Vejam, espero que nos vos limiteis a escutar palavras e aprovar ou desaprovar, senão que de fato estejais experimentando para ver quão profundamente podeis penetrar em vós mesmos, no inconsciente. Estas reuniões serão completamente inúteis, carecerão de todo significado se escutais casualmente umas poucas conferências e partis. E não digais: “não posso fazê-lo”, porque nenhuma outra pessoa pode fazê-lo por vós. Cada um de nós tem que fazê-lo por si mesmo.
            O inconsciente é o oculto depósito do passado, tanto individual como coletivo. É o repositório de séculos de propaganda, de toda a experiência e conhecimento, as tradições e complexidades da raça. Agora bem, por muito sagaz que sejais ou que seja o analista, a mente consciente não pode penetrar no inconsciente pelo caminho da analise. Pela analise somente podeis arranhar a superfície do inconsciente, não podeis aprofundar muito nele, como creio reconheceram agora a maioria dos analistas e psicólogos. A mente consciente tem sido educada, adestrada numa direção particular; tem adquirido conhecimento técnico em certas direções, para que se possa ganhar a vida, coisa que se chama de atitude positiva diante da vida; porém, tal atitude com respeito ao inconsciente não é possível.
            Espero que estejais acompanhando claramente. Se não, rogo para que me façais perguntas depois, e discutiremos mais a questão.
            O inconsciente, que é o desconhecido, deve ser abordado negativamente. Compreendeis o que quero dizer com a atitude negativa e positiva? Quando temos um problema, a maioria de nós o abordamos positivamente, o que significa que tratamos de modificar o que é com regras de certa maneira. Como somos pessoas chamadas positivas, nossa atitude para o inconsciente é igualmente positiva. Na realidade não somos pessoas positivas em absoluto, porque nossa atitude positiva é uma reação ao negativo. Espero que compreendais isto.
            Dar-se conta de algo negativamente, da agitação dessa cortina, do ruído desse riacho, é observar e escutar sem resistência, sem condenação, sem negação. Porém, este estado de negação não é o oposto do positivo; não tem nada haver com o positivo, porque não é uma reação.
            Se queres compreender algo, vossa mente deve encontrar-se num estado de negação; e não está nesse estado quando reacusais ou condenais o que vês. O estado de negociação não é uma mente me branco. Ao contrário, vos daí conta de tudo, vês e olhais com toda a totalidade de vosso ser, o que significa que não há resistência, que não há recusa, que não há comparação, nem julgamento. E creio que é possível escutar da mesma maneira todas as respostas do inconsciente, que é dar-se conta dele negativamente. Se podeis fazer isto – e esta é realmente a única maneira de abordar o inconsciente -, então, o inconsciente se revela totalmente, de imediato. Certamente, podeis ir passo a passo, analisando cada forma de condicionamento, toda tradição, cada valor a medida que surge, coisa que é muito longa e tediosa; e desse modo vosso enfoque nunca pode ser total.
            Pois bem, mediante esta percepção alerta negativa ou sem escolha, podeis romper por completo o condicionamento do inconsciente. Vosso condicionamento de nacionalidade, de valores tradicionais, de herança racial, o condicionamento imposto a vós pela atual sociedade. Podeis destruir tudo isso imediatamente, e então, começareis a compreender o significado, a verdade ou a falsidade da influência.
            A maioria de nós temos dividido a influência em boa ou má. Consideramos que existe uma coisa tal como a boa influência, e que é salutar ter boas influências. Mas, para mim, toda influência dá no mesmo: perverte, desvia. Uma mente que está influenciada em qualquer direção não pode ver com clareza, é incapaz de uma percepção direta. Se compreendemos isso, não só intelectual ou verbalmente, senão em forma total, com todo o nosso ser, então, já não seremos escravos de nenhuma forma de influência.
            Por favor não considereis o que estamos dizendo como algo teórico, ou como algo não aplicável a vós porque sois demasiado velhos, ou demasiado jovens, ou demasiado condicionados, ou porque possuem muitas responsabilidades. Tudo isso é puro disparate, é uma mera fuga do fato de que não quereis realmente compreender todo esse processo da influência. E é muito importante compreender o processo da influência, porque é a influência que faz com que nos ajustemos à moralidade respeitável, que possui atrás de si a autoridade da tradição, da sociedade, a autoridade de um cargo; e assim a autoridade se torna muito dominante em nossa vida. A sociedade exige obediência , a obediência que uma mãe espera de seu filho e por ser escravos da influência aceitamos instintivamente a autoridade da sociedade, a autoridade do sacerdote, a autoridade do símbolo, a autoridade da tradição. Em questões tais como manter a direita no caminho, pagar os impostos, etc., devemos naturalmente aceitar a autoridade da lei, porém, não estamos falando disso. Falamos da tendência psicológica a obedecer, que implica escravidão da influência.
            Vejam, não estou fazendo um discurso para que somente o escuteis. Estamos fazendo algo juntos -, que é isto: estamos indagando por inteiro a questão da virtude. Se compreendemos bem a virtude, ela liberará uma enorme vitalidade, e é esta vitalidade, esta energia, o que se necessita para produzir a completa transformação de que falamos em nossa primeira reunião. Ao escutar, pois, ao que estamos dizendo, deveis ser vós mesmos que estejais trabalhando, e não eu trabalhando por vós. A maioria de nós nos contentamos em ir a uma partida de tênis para assistir aos jogadores; nunca participamos de uma partida, só assistimos, escutamos e desfrutamos com o jogo dos outros. Temo que aqui não tenha em absoluto que ser assim. Aqui tendes que trabalhar tão intensamente como o que fala, pois pelo contrário, isto carece de todo valor. Por trabalho que dizer escutar o que se diz e descobrir se é aplicável a vós mesmos, o que significa ver por vós mesmos o fato, a verdade ou a falsidade do que se está dizendo. Ver o fato não é nem aceitar e nem rejeitar o que se disse, senão dar-se conta tão vitalmente que, se for verdade, capteis e apliqueis cada matiz de toda palavra aprofundando em vós mesmos. Isso é o que entendo por trabalho. Se fazeis isso, quando deixardes esta tenda sereis virtuosos; e realmente quero dizer isso: sereis virtuosos.
            Temos, pois, que compreender a aceitação da autoridade, que na verdade é a tendência psicológica de se estar seguindo ao bom caminho. A maioria de nós detesta estar inseguro sobre algo, especialmente sobre nós mesmos. Mas, como veis, temos que estar inseguros para descobrir o que é verdade. Temos que libertar-nos de toda a autoridade, de todo seguimento, de toda obediência, e essa é uma coisa muito difícil de se fazer, porque a liberdade não é uma reação frente ao fato de que sois prisioneiros. Tão somente quando compreendeis por vós mesmos vossa própria escravidão à palavras, à influência, à autoridade – quando a compreendeis, não quando reagis contra ela -, é quando há liberdade.
            Há que se compreender pois a autoridade, seja do sacerdote, do político, do livro, do especialista, de vosso vizinho do lado, ou a autoridade de vossa própria experiência. E, como temos visto, para compreender algo, a mente tem que se encontrar num estado de negação. Para compreender a vosso filho deveis observá-lo enquanto está jogando, chorando, comendo, dormindo; e quando o comparais com outro menino, não o estais observando. Do mesmo modo, tendes que observar o instintivo desejo de obedecer, de seguir, de adaptar-se, de imitar; tendes que indagá-lo muito profundamente em si mesmo. A adaptação é evidentemente necessária em certas coisas. A linguagem que usamos ao falar se baseia na adaptação de um padrão lingüístico estabelecido, e recusar esse padrão seria absurdo, porque então, não haveria um modo de comunicarmos com os outros. Não estou falando de conformismo no sentido de não aceitar certos fatos que são óbvios e necessários e com os que todos estamos de acordo; falo da conformidade psicológica, a aceitação ou imitação, que é essencialmente o desejo de estar seguro.
            A maioria temos medo de equivocar-nos, sempre estamos buscando êxito no mundo, o queremos, psicologicamente, chegar a alguma parte; portanto, a obediência, que significa aceitar a estrutura psicológica da sociedade, se mostra extraordinariamente importante. Se compreendeis todo o significado disto, então, vereis que a essência mesma da virtude é a solidão. Se não estais completamente só, não sois virtuosos.  A mente está só, somente quando tenha compreendido a influência e não é afetada, capturada por ela. Uma mente assim já não está buscando por posição ou poder, e, por conseguinte está livre da autoridade, da obediência, do seguir. O estado de solidão não é uma reação, não é uma fuga da multidão; não significa retirar-se, fazer-se heremita, viver em isolamento, tudo o qual é reação. E com a palavra “solidão” quero significar algo que é inteiramente diferente do sentimento de solidão.
            É muito difícil comunicar ao outro o significado ou a qualidade de estar só. A maioria de nós nunca estamos sós. Podeis retirar-vos para as montanhas e viver como um recluso, porém, quando estais sós fisicamente, ainda tendes convosco, vossas idéias, vossas experiências, vossas tradições, vossos conhecimentos do que o tenhais sido. O monge cristão numa cela de monastério não está só; está com seu Jesus conceitual, com sua teologia, com as crenças e dogmas de seu particular condicionamento. Do mesmo modo, o sannyasi na Índia, que se retira do mundo e vive em isolamento, não está só, porque também vive ele com suas recordações.
            Eu falo de uma solidão na qual a mente está completamente livre do passado; e só uma mente assim é virtuosa, porque unicamente nesta solidão há inocência. Talvez digais: “isso é pedir demais. Não pode alguém viver neste mundo caótico, em que se tem que ir ao trabalho todo dia, ganhar-se a vida, criar filhos, agüentar as broncas da esposa ou do marido e tudo mais”. Mas eu creio que o que estamos dizendo está diretamente relacionado com a vida e a ação cotidiana; do contrário, careceria de valor. Como vês, desta solidão surge uma virtude que é viril e que trás um extraordinário sentido de pureza e doçura. Não importa que se cometa erros, isto é de muito pouca importância. O que importa é ter o sentimento de estar completamente só, incontaminado, porque só uma mente assim pode conhecer ou dar-se conta daquilo que está mais além das palavras, mais além do nome, mais além de todas as projeções da imaginação.

Krishnamurti - 26 de Julho de 1962
Do livro: TRAGEDIA DEL HOMBRE Y DEL MUNDO: A MENTE MECANICA
Editorial “SER” – 1967 - Impresso na Argentina
Título da obra em inglês: TALKS BY KRISHNAMURTI IN EUROPE – 1962 E 1965 
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill