A mente religiosa não é aquela que pertence a certa igreja, crença, dogma — essas coisa só podem condicionar a mente. Ir à igreja todas as manhãs e render culto a este ou àquele não vos torna uma pessoa religiosa, embora a sociedade respeitável possa considerar-vos como tal. O que faz a pessoa religiosa é a destruição do conhecido.
(...) A mente religiosa, pois, conhece essa destruição completa, total, e sabe o que significa achar-se num estado de criação, estado esse que não se pode comunicar. E nela existe o sentimento da beleza e do amor, que são inseparáveis. O amor não é divisível em amor divino e amor físico. Á amor. E não é necessário dizer que ele se acompanha, naturalmente, de um sentimento de paixão. Não se pode ir muito longe sem paixão — paixão, que é intensidade. Não é um estado de entusiasmo. A beleza só pode existir quando há paixão, que é austera; e a mente religiosa, encontrando-se nesse estado, tem uma força de qualidade peculiar.
(...) Assim, quando uma pessoa penetrou profundamente no descobrimento de si mesma, existe a mente religiosa; e esta não pertence a um dado indivíduo. Ela é a mente, a mente religiosa, separada de todas as humanas lutas, exigências, ânsias e compulsões individuais, etc. Estivemos apenas descrevendo a totalidade da mente, que poderá parecer dividida pelo emprego de diferentes palavras; mas ela é uma coisa total, na qual tudo se contém. Por conseguinte, essa mente religiosa pode receber aquilo que não é mensurável pelo intelecto. Essa coisa é indenominável; nenhum templo, nenhum sacerdote, nenhuma igreja, nenhum dogma pode conter. Rejeitar tudo isso e viver naquele estado, essa é a verdadeira mentalidade religiosa.
Krishnamurti
(...) A mente religiosa, pois, conhece essa destruição completa, total, e sabe o que significa achar-se num estado de criação, estado esse que não se pode comunicar. E nela existe o sentimento da beleza e do amor, que são inseparáveis. O amor não é divisível em amor divino e amor físico. Á amor. E não é necessário dizer que ele se acompanha, naturalmente, de um sentimento de paixão. Não se pode ir muito longe sem paixão — paixão, que é intensidade. Não é um estado de entusiasmo. A beleza só pode existir quando há paixão, que é austera; e a mente religiosa, encontrando-se nesse estado, tem uma força de qualidade peculiar.
(...) Assim, quando uma pessoa penetrou profundamente no descobrimento de si mesma, existe a mente religiosa; e esta não pertence a um dado indivíduo. Ela é a mente, a mente religiosa, separada de todas as humanas lutas, exigências, ânsias e compulsões individuais, etc. Estivemos apenas descrevendo a totalidade da mente, que poderá parecer dividida pelo emprego de diferentes palavras; mas ela é uma coisa total, na qual tudo se contém. Por conseguinte, essa mente religiosa pode receber aquilo que não é mensurável pelo intelecto. Essa coisa é indenominável; nenhum templo, nenhum sacerdote, nenhuma igreja, nenhum dogma pode conter. Rejeitar tudo isso e viver naquele estado, essa é a verdadeira mentalidade religiosa.
Krishnamurti