De uns tempos pra cá tive muitos
conflitos internos em relação ao que fazer, e se essa decisão é minha ou
da minha mente. Esses poucos minutos que eu escutei do último confrade
testemunhando, me servirão muito para iluminar as minhas dúvidas. Sempre fui
muito fã de filmes, em um desses eu fui direcionado a um chute psíquico por
meio da curiosidade. No filme “Piratas
do Caribe - o fim do mundo”, existe uma cena em que é mostrada as
costas do Capitão Jack Sparrow,
e nesta, existe uma tatuagem; curioso, fui buscar oque era, e descobri que era
um poema, um texto chamado “Desiderata”,
que foi um chute psíquico maravilhoso. Foi meio complicado encontrar uma
tradução na internet para o texto, então. eu mesmo fiz a tradução do texto das
costas e dos braços e espero que não haja problema em posta-lo aqui. Este
texto, para mim, foi o gatilho de "recompresão", digo
"recompresão" pois por um longo tempo fiquei afastado do ser. Teve um
tempo, há alguns meses atrás, em que tive uma sublime sensação de
despertar após ter tido um insight que me esclareceu tudo o que eu ja tinha
lido até ali. Por duas semanas, minha mente estava serena, sem nenhum ruído;
nunca havia me sentido tão feliz; estava tratando todos bem; meu corpo estava
leve; meus sonos eram revigorantes por completo e eu estava completamente
em paz. Após isso, me identifiquei com um pensamento que me fez retornar para o
inferno mental; foi um pensamento que me colocava em uma cena em que eu estava
acima dos outros. Isso me deu um leve prazer e a minha "mente
espiritualizada" veio em resposta tagarelando também que aquilo não teria mal
algum e que eu já havia compreendido como permanecer nesse estado de paz
eternamente e poderia sair e entrar nele quando quisesse; poderia ainda
assim desfrutar dos falsos prazeres da mente. Eu conseguia escutar tudo antes
desses pensamento, inclusive, os pensamento da "mente
espiritualizada" que vivia me dizendo para “reprimir os pensamentos” e que
se não o fizesse, jamais teria paz — sendo que isto também era um pensamento.
Após esse pensamento, o sofrimento retornou com o lado oposto da moeda do
prazer e ao invés de observar, eu não escutei a mente, deixando-a me dominar e
manter um padrão que dizia que eu devia ler mais para conseguir a paz
novamente; e isso me manteve preso relendo os livros de novo e de novo. E eu só
acumulava mais conhecimento com o passar do tempo, mas não aprendia nada
realmente. Li livros do Dan
Millman, Eckart
tolle, Osho e vários outros e nada de paz duradoura, apenas uma
leve sensação de liberdade que durava nada mais do que 1 minuto; após ler um
texto que logo era esquecido e repassado na mente em seguida. Encontrei a
comunidade dos “pensadores
compulsivos” e se manteve a mesma coisa, até que alguns textos me
levaram a observar até mesmo o observador. E isso me deu uma paz que durou
por mais tempo, mas que logo era encoberta pela mente novamente. Não pretendo
mais ler compulsivamente os textos que encontro a partir de agora, mas
realmente tentar compreender o que eles dizem; sentir com de todo o coração
isso. Obrigado. É isso!
eduardoffialho - Reunião pelo Paltalk em 26/12/2012