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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Mude a si mesmo e mude o mundo


Todo mundo nasceu como um indivíduo único, mas, quando ficou maduro o suficiente para participar da vida, o sujeito já se tornou uma multidão.

A maioria das pessoas, no entanto, não está consciente disso.

Se você simplesmente se sentar em silêncio e ouvir sua mente, descobrirá muitas vozes. Você ficará surpreso ao perceber que consegue reconhecer essas vozes muito bem. Uma delas é do seu avô, outra é da sua avó, outra é do seu pai, outra é da sua mãe. Outras vozes são do sacerdote, do professor, dos vizinhos, dos amigos, dos inimigos.

Todas essas vozes estão misturadas numa multidão no seu íntimo e, se você quiser descobrir a sua própria voz, vai ver que é quase impossível; a multidão é grande demais.

Na verdade, você se esqueceu da sua voz há muito tempo. Nunca teve liberdade para expressar as suas opiniões. Você foi ensinado a ser obediente, foi ensinado a dizer sim para tudo o que os mais velhos estavam lhe dizendo.

Ensinaram-lhe que você tem de seguir qualquer coisa que os seus professores ou os seus sacerdotes estiverem fazendo. Ninguém jamais lhe disse para buscar a sua própria voz; ninguém jamais lhe perguntou, "Você tem a sua própria voz ou não?"

Por isso a sua voz continuou muito baixa e as outras vozes são muito altas, muito autoritárias, pois elas eram ordens e você as seguiu — a despeito de si mesmo. Você não tinha intenção de segui-las, conseguia perceber que não era certo. Mas é preciso ser obediente para ser respeitado, para ser aceito, para ser amado.

Naturalmente, só uma voz está faltando dentro de você; só uma pessoa está faltando dentro de você: você mesmo. Tirando você, existe uma multidão inteira aí. E essa multidão está constantemente deixando você maluco, pois uma voz diz, "Faça isto"; e outra diz, "Nunca faça isto! Não ouça essa voz!" E você fica dividido.

Essa multidão precisa ser contida. Essa multidão precisa ouvir, "Agora, por favor, me deixem em paz!"

As pessoas que foram viver nas montanhas ou reclusas na floresta não estavam na verdade abandonando a sociedade; elas estavam tentando encontrar um lugar onde pudessem dispersar essa multidão interior. E essas pessoas que conseguiram encontrar um lugar dentro de você obviamente relutam em sair.

Se você quer, porém, se tornar um indivíduo por seus próprios méritos, se quer se livrar desse eterno conflito e dessa confusão dentro de você, então precisa dizer adeus a essas vozes — mesmo que elas pertençam ao seu respeitável pai, à sua mãe, ao seu avô.

Não importa a quem elas pertençam. Uma coisa é certa: essas vozes não são suas. São vozes de pessoas que viveram em seu próprio tempo, e elas não tinham ideia de como seria o futuro. Elas passaram aos filhos suas próprias experiências, e essas experiências não vão combinar com um futuro desconhecido.

Elas acham que estão ajudando os filhos a ficarem informados, a serem espertos, para que a vida deles possa ser mais fácil e mais confortável, mas elas não estão fazendo a coisa certa.

Com todas as boas intenções do mundo, elas destroem a espontaneidade dos filhos, a consciência deles, a capacidade que eles têm de se sustentar sobre as próprias pernas e responder ao novo futuro do qual seus ancestrais não faziam ideia.

Cada criança enfrentará novas tempestades, vai enfrentar novas situações, e ela precisa de uma consciência totalmente nova para responder. Só assim a sua resposta vai ser frutífera; só assim ela poderá ter uma vida vitoriosa, uma vida que não seja um longo e tedioso desespero, mas uma dança a cada momento, que se torna mais e mais profunda até o último suspiro. A pessoa entra na morte dançando, e alegremente.

Fique em silêncio e encontre o seu próprio eu.

A menos que você encontre o seu próprio eu, será muito difícil dispersar a multidão, pois todos nessa multidão estão fingindo, "Eu sou o seu eu!" e você não tem como concordar ou discordar.

Por isso não provoque nenhuma briga com essa multidão. Deixe que briguem entre si — essas vozes sabem muito bem como brigar entre elas. Enquanto isso, tente se encontrar. E depois que souber quem é, você pode simplesmente mandar que saiam da sua casa — é na verdade simples assim!

Mas primeiro você tem que se descobrir. Quando você está presente, o senhor também está. O dono da casa está presente e todas essas pessoas, que estão fingindo que são os senhores, começam a se dispersar.

A pessoa que é ela mesma, que se livrou do fardo do passado, que não tem compromisso com o passado, que é original, forte como um leão e inocente como uma criança, pode alcançar as estrelas, ou ir até além delas; seu futuro é dourado.

Até o dia de hoje, as pessoas têm falado do passado dourado. Temos que aprender a linguagem do futuro dourado. Você não precisa mudar o mundo inteiro; se mudar simplesmente a si mesmo você terá começado a mudar o mundo todo, pois você faz parte dele.

Se um único ser humano mudar, essa mudança irradiará para milhares e milhares de outros seres humanos.

Você se tornará um gatilho para uma revolução, que pode fazer surgir um ser humano completamente novo.

Osho, em "Transformando Crises em Oportunidades"

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill