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sábado, 15 de dezembro de 2012

Nossas correntes são sutis, elas não são muito visíveis.

Amado Bhagwan, Meditação certamente é para místicos. Por que você a propõe ás pessoas comuns e a seus filhos?

Certamente é para os místicos, mas cada um é místico ao nascer — porque cada um carrega um enorme mistério dentro de si, um mistério que deve ser compreendido, todos carregam uma grande potencialidade, uma potencialidade que deve ser manifestada.

Todos nascem com um futuro. Todos têm esperança. O que você entende por místico? Um místico é aquele que está tentando compreender o mistério da vida, que está penetrando no desconhecido, que está indo para o inexplorado, é aquele cuja vida é uma vida de aventura, de exploração.

Mas todas as crianças começam desta forma — com admiração, com surpresa, com uma profunda indagação em seu coração. Toda criança é um místico. Em algum ponto de seu assim-chamado crescimento você perde o contato com sua possibilidade intrínseca de ser um místico, e se torna um homem de negócios, ou se torna um funcionário, ou se torna um cobrador, ou se torna um ministro. Você se torna uma outra coisa. E começa a pensar que você é isso. E quando você acredita nisso, isso se torna realidade.

Meu esforço aqui é destruir todas as noções erradas que você têm a respeito de si mesmo e liberar o seu misticismo. A meditação é uma maneira de liberar o seu misticismo e a meditação é para todos, sem nenhuma exceção, ela não conhece exceção alguma.

Meditação certamente é para os místicos. Por que você a propõe às pessoas comuns e a seus filhos?

As crianças são as mais capacitadas. Elas são místicos naturais. E antes que sejam destruídas pela sociedade, antes que sejam destruídas por outros robôs, por outras pessoas já corrompidas, é melhor ajudá-las a conhecer algo de meditação.

A meditação não é um condicionamento porque a meditação não é doutrinação. A meditação não lhe dá qualquer credo. Se você ensinar uma criança a se tornar cristã você terá que lhe dar uma doutrina; terá que forçá-la a crer em coisas que naturalmente parecem absurdas. Terá que dizer à criança que Jesus nasceu de uma mãe virgem — esse se torna um dos princípios fundamentais. Ora, você está destruindo a inteligência natural da criança. Mas ao ensinar meditação à criança, você não a está doutrinando. Você não diz que ela deve acreditar em coisa alguma, você apenas a convida a fazer um experimento de não-pensar. O não-pensar não é uma doutrina mas sim uma experiência. E as crianças são extremamente capazes disso porque estão próximas da nascente. Elas ainda lembram alguma coisa daquele mistério. Elas recém chegaram do outro mundo, ainda não o esqueceram completamente. Mais cedo ou mais tarde elas o esquecerão, mas a fragrância ainda as envolve. E por isso todas as crianças são tão lindas, tão graciosas. Você alguma vez já viu uma criança feia?

Então, o que acontece com todas essas lindas crianças? Para onde desaparecem? Mais tarde, na vida, é extremamente raro encontrar pessoas bonitas. Então, o que acontece com todas essas lindas crianças? Por que elas se transformam em pessoas feias? Que acidente, que calamidade acontece no caminho?

Elas começam a perder a própria graciosidade no dia em que começam a perder sua inteligência. Elas começam a perder o seu ritmo natural, sua elegância natural e começam a aprender comportamentos artificiais, de plástico. Elas já não riem espontaneamente, elas já não choram espontaneamente, elas já não dançam espontaneamente. Você as forçou para dentro de uma gaiola, de uma camisa de força. Você as aprisionou.

As correntes são muito sutis, elas não são muito visíveis. As correntes são feitas de pensamentos — do pensamento cristão, hindu, muçulmano. Você acorrentou a criança mas ela não pode ver as correntes, assim ela será incapaz de perceber como está acorrentada. E ela sofrerá por toda a vida. Esse é um aprisionamento tal... Não é como jogar um homem dentro de uma prisão, mas é criar uma que envolve o homem, assim para onde quer que vá, a prisão continua ao seu redor. Ele pode ir para os Himalaias e sentar numa caverna, mas continuará sendo um hindu, continuará sendo um cristão — e ainda estará cheios de pensamentos.

A meditação é uma maneira de ir dentro de si mesmo, para uma profundidade na qual os pensamentos não existem, assim ela não é uma doutrinação. A meditação não lhe está ensinando coisa alguma, na verdade está justamente tornando-o alerta de sua capacidade intrínseca de ficar livre de pensamentos, de estar sem mente. E a melhor época é enquanto a criança ainda não está corrompida.

OSHO

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill