Descobrir aquilo que gostam de fazer exige muita inteligência, porque, se temerem não ser capazes de ganhar o sustento ou não se ajustar a essa sociedade infectada, nunca descobrirão. Mas se não tiverem medo, ao se recusarem a ser empurrados para a vala da tradição pelos pais, professores, pelas exigências superficiais da sociedade, então haverá a possibilidade de descobrirem o que realmente gostam. Para isso, NÃO PODE HAVER O MEDO DE NÃO SOBREVIVER.
Porém, muitos de nós temos esse medo. Dizemos: "O que acontecerá comigo se eu não fizer o que meus pais me dizem, se eu não me ajustar a sociedade?" Assustados, agimos como nos é dito, e nisso não há amor, somente contradição, que consiste num dos fatores que origina a ambição destrutiva.
Logo, é função básica da educação auxiliá-los na descoberta do que realmente gostam de fazer, para que possam dedicar a mente e o coração inteiros, porque é isso que cria a dignidade humana, que elimina a mediocridade, a pequena mentalidade burguesa. Por isso é muito importante ter os professores certos, a atmosfera correta para que vocês possam crescer com o amor que se expressa naquilo que fazem. Sem amor, os exames, o conhecimento, as capacidades, a posição e as posses são somente cinzas, sem significado; sem amor, seus atos trarão mais guerras, mais ódio, mais danos, mais destruição.
(...) Poderemos — eu e vocês, que somos pessoas simples, comuns — viver criativamente neste mundo sem o impulso da ambição que se revela de várias formas como o desejo de poder, de posição? Vocês encontrarão a resposta correta quando amarem aquilo que estão fazendo. Se são engenheiros somente porque precisam de uma forma de sustento, ou porque seus pais ou a sociedade esperam isso de vocês, têm-se uma outra maneira de compulsão; e compulsão, sob qualquer forma, gera contradição, conflito. Porém, se realmente gostam de ser engenheiros ou cientistas, ou se podem plantar uma árvore, pintar um quadro, escrever um poema, não para obter o reconhecimento, mas somente porque gostam, verão então que nunca competirão com o outro. Acho que esta é a verdadeira chave: amar aquilo que fazem.
Porém, muitos de nós temos esse medo. Dizemos: "O que acontecerá comigo se eu não fizer o que meus pais me dizem, se eu não me ajustar a sociedade?" Assustados, agimos como nos é dito, e nisso não há amor, somente contradição, que consiste num dos fatores que origina a ambição destrutiva.
Logo, é função básica da educação auxiliá-los na descoberta do que realmente gostam de fazer, para que possam dedicar a mente e o coração inteiros, porque é isso que cria a dignidade humana, que elimina a mediocridade, a pequena mentalidade burguesa. Por isso é muito importante ter os professores certos, a atmosfera correta para que vocês possam crescer com o amor que se expressa naquilo que fazem. Sem amor, os exames, o conhecimento, as capacidades, a posição e as posses são somente cinzas, sem significado; sem amor, seus atos trarão mais guerras, mais ódio, mais danos, mais destruição.
(...)Vocês acham que a verdade é uma coisa e sua vida diária é outra, e em sua vida diária vocês desejam realizar o que chamam verdade. Mas um está separado do outro? Quando crescerem terão de ganhar o próprio sustento, não é? Afinal, é para isso que precisam ser aprovados nos exames: para se preocupar com o próprio sustento. Porém várias pessoas não se importam com a área em que atuarão ou o trabalho que farão, desde que ganhem algum dinheiro. Enquanto tiverem emprego, não importa que sejam soldado, policial, advogado ou algum tipo de comerciante desonesto.
Bem, descobrir a verdade do que constitui um meio correto de ganhar a vida é importante, não é? Porque a verdade está em suas vidas, não fora dela.(...) Portanto, antes de se tornarem soldado, policial, advogado ou um comerciante astuto, não deveriam perceber a verdade dessas profissões? Certamente, a menos que vejam a verdade daquilo que fazem e sejam guiados por ela, sua vida se tornará uma confusão hedionda.
Krishnamurti em, PENSE NISSO