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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Filme Lucy e o desejo de abandonar o processo

Muita gente se sente despreparada para as diretrizes das esferas sagradas. Estes são fatos e estados mentais desconhecidos, que permitem às pessoas penetrar na PRÓPRIA CONSCIÊNCIA, o que geralmente significa abandonar os conceitos já conhecidos sobre a realidade. Elas também podem sentir que não são suficientes fortes para suportar o profundo impacto das manifestações físicas e sensórias de experiências místicas, ou que não estão suficientes abertas para manipular o seu poder. O professor espiritualista americano Ram Dass compara essas pessoas a uma "torradeira", e sua reação a "ligar o seu plugue em 220 volts em vez de 110, enquanto tudo torra". Recebendo esse enorme insumo físico, mental, emocional e espiritual, elas podem se sentir dominadas e uma sensação natural talvez seja a de RECUAR.
Uma resposta semelhante ao desejo de recuar pode ocorrer durante uma forte experiência de luminosidade. Às vezes as pessoas sentem que sua visão está bastante fraca ou demasiado obscurecida para lidar com a intensidade de luz ofuscante com medo de ficar literalmente cegas se permitir em que a experiência prossiga. Quando isso acontece, podem sentir muita dor física ao redor dos olhos.

Um praticante de meditação relembra o horror que sentiu durante um estado transpessoal "positivo": "Foi muito estranho... Eu havia lido sobre a experiência da luz em livros sobre espiritualidade e só tinha ouvido falar disso como sendo algo ligado à alegria. Eu ansiava por esse tipo de experiência há muito tempo, e tentava de várias formas de trabalho interior para chegar a isso. Mas, quando realmente aconteceu, fiquei horrorizado. Foi impressionante: era doloroso, terrível e MARAVILHOSO ao mesmo tempo. Senti como se tudo aquilo fosse demais e que EU NÃO PODIA SUPORTAR. Pensei em Moisés e na sarça ardente, que era tão brilhante que ele teve que se afastar. Reconheci, desamparado, que eu não seria capaz de compreender o que acontecia".

Embora o sofrimento que acontece durante um encontro místico possa ser sentido como destrutivo e violento no início, com o tempo as pessoas em geral o reconhecem como a dor da abertura do crescimento espiritual. Elas chegam até a receber isso como um sinal da sua ligação com o Divino, como descreve Santa Tereza de Ávila:

"A dor era tão aguda que eu gemia, mas o encanto dessa tremenda dor era tão poderoso que não se poderia querer abandoná-la, nem a alma se satisfaria com nada a não ser com Deus. Era uma dor espiritual, não física, embora o corpo tivesse alguma parte nisso, até que considerável. Era uma troca de cortesias entre a alma e Deus."


A experiência da desintegração positiva do ego, também pode apresentar problemas. Enquanto algumas pessoas aceitam de bom grado a oportunidade de se liberar e de se expandir, outras estão muito ligadas às suas IDENTIDADES INDIVIDUAIS, e se esse momento crítico for muito assustador, elas podem resistir ou brigar devido a isso. Embora esse estado de perda do ego seja transitório, as pessoas que estão passando por ele sentem que esse processo é permanente. Aprisionadas entre o que conhecem de si próprias como são e em quem estão se transformando, podem se perguntar: "Quem sou eu? Onde isto está me levando? Como posso ter confiança no que está acontecendo?"

Algumas pessoas podem não confiar na realidade de suas novas possibilidades, ou podem ter medo de que os estados que estão sendo vivenciados sejam sinais de doença mental. Elas sentem que estão se desviando muito do COMUM. Chegam até a temer que depois de entrar em contato com o Divino tenham mudado tanto que as pessoas do seu convívio compreenderão imediatamente que elas estão "diferentes", e pensarão que são especiais ou loucas.

Outras podem lutar com áreas transcendentais, não importando quão belas e serenas elas sejam, porque não sentem o valor da experiência. Conhecemos várias pessoas com problemas permanentes de auto-imagem que se sentem desmerecedoras de qualquer experiência que seja muito agradável ou muito próspera. Em geral, quanto mais benevolente for o seu estado espiritual, mais ativamente tentarão resistir a ele.

Christina Grof — A tempestuosa busca do ser
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill