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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

O sofrimento é a condição comum por não se saber o que é amor

É bem óbvio que todos somos desiguais. Há uma diferença enorme entre um homem e outro, entre uma mulher e outra. Mas há diferença quando você ama alguém? Há desigualdade? Há nacionalidade? Quando o coração está vazio, tornam-se muito importantes os tipos; dividimos então os seres humanos em classes, cores, raças. Mas quando amamos, há alguma diferença? Quando há generosidade em seu coração, você faz distinção? Você se dá. Só o homem que não é generoso, que vive preocupado com sua conta bancária, só a esse interessa manter essas diferenças e divisões. Para o homem que busca a verdade, não há divisões. Buscar a verdade é estar ativo, é ter sabedoria, é conhecer o amor. O homem que está seguindo por um determinado caminho não pode nunca conhecer a verdade, porque esse caminho é, para ele, exclusivo.  

Todos nós sofremos, todos temos problemas, estamos carregados de preocupações e em conflitos incessantes; a morte, a aflição e o sofrimento são nossos companheiros constantes. (...) Uma vez que todos estamos sofrendo em diferentes níveis de consciência, o que digo é para todos. Todos nós — ricos, pobres remediados — queremos ficar livres do sofrimento. O sofrimento é nossa condição comum; e como todos buscamos uma saída do sofrimento, o que digo é para todos. 

Pois bem, visto que sofremos, nada se ganha em querermos apenas fugir a essa condição. O sofrimento não pode ser compreendido se fugimos dele, mas, sim, se o amamos e compreendemos. 

Compreendemos uma coisa, quando a amamos.

Você compreende sua esposa quando a ama, compreende seu próximo quando o ama — o que não significa deixar-se arrebatar pela palavra "amor". 

A maioria de nós foge ao sofrimento por meio dos inúmeros artifícios engenhosos da mente. O sofrimento só pode ser compreendido quando estamos frente a frente com ele, e não quando buscamos incessantemente dele fugir. Por causa do nosso desejo de evitar o sofrimento, criamos uma civilização de distrações, de religião organizada, com suas cerimônias e práticas; e amontoamos riquezas, explorando os outros. Todas essas coisas são indicativas do nosso empenho de evitar o sofrimento. Sem dúvida, vocês e eu, "o homem da rua", qualquer um pode compreender o sofrimento, bastando que lhe dê atenção. Mas, por desventura, a civilização moderna nos ajuda a fugir por meio de divertimentos, de distrações, de ilusões, de repetições de palavras, etc. Tudo isso nos ajuda a evitar o que é, e por isso precisamos estar cônscios dessas inumeráveis fugas. 

Só quando o homem estiver livre das suas fugas, dissolverá a causa do sofrimento. Para o homem feliz, o homem que ama, não há divisões; ele não é brâmane, nem inglês, nem alemão, nem hindu. Para esse homem não há divisões de "altos e baixos". É porque não amamos que temos todas essas odiosas divisões. Quando você ama, tem um sentimento de riqueza que lhe perfuma a vida e você está pronto a dividir seu coração com outro. Quando o coração está cheio, as coisas da mente fenecem.

Krishnamurti em, A ARTE DA LIBERTAÇÃO
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill