terça-feira, 10 de abril de 2018
O mecanismo da autoridade do passado
sábado, 7 de abril de 2018
Onde há dependência, há autoridade
O mecanismo de segurança na autoridade
sexta-feira, 9 de janeiro de 2015
No amor não há espaço para autoridade e conformidade
domingo, 24 de agosto de 2014
O inerente medo do conhecimento de si mesmo por si mesmo
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
A divisão entre mestre e discípulo é anti-espiritual
O autor da pergunta começa dizendo "Disseram-nos". Quem é que pode dizer-lhe alguma coisa? Não vê, senhor, que os guias e os santos e os grandes instrutores falharam, porque você é o que é? Deixe-os, pois, sossegados. Você os fez mal-sucedidos, porque você não está à procura da Verdade; você quer satisfação. Não siga pessoa alguma, nem a mim próprio. Não faça de outra pessoa sua autoridade. Você mesmo tem de ser mestre e discípulo. No momento em que você reconhece outro como seu mestre, e a si mesmo como seu discípulo, você está negando a Verdade. Na busca da Verdade, não há mestre nem discípulo. A busca da Verdade é que é importante, e não você ou o mestre que se propõe a ajudar-lhe a achá-la. Evidentemente, a educação moderna, bem como a antiga, tem-lhe ensinado O QUE PENSAR e não A PENSAR. Puseram-lhe num molde, e esse molde lhe destruiu; porque você só procura um guru, um instrutor, um guia, seja político ou de outra espécie, somente quando você se acha confuso. Do contrário, nunca segue pessoa alguma. Se você está esclarecido, se, interiormente, você é uma luz para si mesmo, não seguirá ninguém. Mas como não o é, você segue, segue por causa da sua confusão; e aquilo, que você segue fica também, necessariamente, confuso. Seus guias, assim como você mesmo, estão confusos, política ou religiosamente. Por conseguinte, trate em primeiro lugar de dissipar a sua própria confusão, tornando-se uma luz para si mesmo, e então desaparecerá o problema. A divisão entre mestre e discípulo é anti-espiritual.
Krishnamurti em, O Que Te Fará Feliz?
quinta-feira, 18 de julho de 2013
A falsa ideia do devido respeito à posição
segunda-feira, 1 de abril de 2013
Onde há o seguir, há medo
terça-feira, 12 de março de 2013
A autoridade espiritual impede a busca da verdade
domingo, 20 de janeiro de 2013
A mente deve estar livre de toda autoridade
Sem dúvida, a mente consciente, a mente que está desperta durante o dia, funcionando em nossas atividades diárias, é apenas a orla do inconsciente, não é verdade? Não há diferença fundamental entre os dois (o consciente e o inconsciente). Assim como a folha de uma árvore é o produto de suas raízes, aprofundadas no seio da terra, assim também a mente consciente é o produto do inconsciente profundo. Não há distinção entre eles; não são duas coisas diversas; nós é que não estamos familiarizados com o inconsciente.
É-nos familiar a mente consciente, a atividade diária de ganância, competição, ciúme, inveja, o desejar uma coisa e não desejar outra, a nossa luta incessante; mas os mesmos impulsos encontram-se também nos níveis mais profundos, não é verdade? Pode-se, pois, contar com o inconsciente para se realizar uma transformação radical?
Se prestais atenção ao que estou dizendo e o seguis sem esforço; encontrareis a solução correta; e o descobrimento da solução correta é a revolução no centro.
Qual é o estado da mente quando não há esforço algum, nem por parte do consciente nem do inconsciente? Existe, então um centro? Para a maioria de nós existe um centro, que é o "eu", o "ego"; e se esse centro se acha num nível superior ou inferior, isso não tem grande importância.
O centro é o "eu", o instinto de aquisição, que se expressa no possuir propriedades, no desejo de nos tornarmos melhores, de adquirir virtudes, pelo controle, pela disciplina e tudo o mais.
Temores, ansiedades, disposições de ânimo, anelos, esperanças, fracassos, frustrações — tal é o centro que conhecemos, não é verdade? E o fazer cessar completamente esse centro, é a única revolução verdadeira; essa revolução, porém, não é possível por meio de esforço por parte do consciente ou do inconsciente.
Pois bem. Quando percebemos tudo isso, qual é o estado da nossa mente? Evidentemente, a primeira reação é um sentimento de ansiedade, de temor, de desconhecimento do que vai acontecer.
O "eu", o centro, que é uma acumulação de inúmeras reações, inúmeras influências culturais, políticas e religiosas — esse centro é que tem funcionado até agora; e se queremos que esse centro desapareça de todo, para que a mente seja pura, incorruptível, única, singular, a primeira reação, por certo, é um tremendo sentimento de negação, de não-saber; e mui poucos de nós somos capazes de suportar tal coisa, que significa olhar de frente o que na realidade somos.
Por conseguinte, no centro existe temor, e, refugiados nesse centro, começamos a levantar defesas, a apegar-nos aos nossos dons, capacidade, talentos, produzindo desse modo o conflito constante entre o que somos realmente e o que gostaríamos de ser. E, entretanto, em momentos lúcidos, percebemos que esse mero lidar com coisas exteriores nunca produzirá uma revolução profunda, duradoura, fundamental.
Nessas condições, aqueles dentre nós que tiverem intenções sérias e inclinações religiosas, hão de interessar-se necessariamente por esta questão da revolução no centro.
Uma vez que nem a mente consciente nem a inconsciente pode produzir uma transformação fundamental no centro, que deve a mente fazer? Pode ela fazer alguma coisa? Como vimos, a mente tanto é atividade consciente como atividade inconsciente de pensamento, de reação, de memória.
A mente é resultado do tempo, e o tempo não pode produzir revolução. Ao contrário, só o cessar do tempo produz a revolução. Ao contrário, só o cessar do tempo produz a revolução fundamental no centro. O centro está habituado ao tempo, o centro é tempo, é todo o "processo" psicológico de ontem, hoje, amanhã — eu fui, eu sou, eu serei — frustração, temor, esperança.
Como vemos, a mente não pode produzir revolução; quando o faz, cria mais brutalidade, mais tiranias, mais horrores, e a compulsão totalitária. E se a mente é incapaz de efetuar uma transformação radical, qual é então a sua função?
Espero que estejais seguindo, porquanto não falo para mim mesmo, mas também para vós. Acredito, se essa revolução extraordinária pudesse realizar-se em cada um de nós, criaríamos um mundo diferente, seríamos missionários de uma nova espécie, de uma espécie inteiramente diversa, — não daqueles que convertem, mas dos que libertam.
Qual é, pois, a função da mente, ao reconhecer que nenhum esforço, consciente ou inconsciente, da sua parte, pode produzir uma transformação completa? Que deve ela fazer? Apenas, ficar tranquila, não é verdade? Todo esforço de sua parte para modificar-se é produto de seu condicionamento, de seu temor, do desejo de bom êxito, da esperança de melhorar as coisas; e tal esforço só pode dificultar o descobrimento da solução correta.
Vede bem a importância disso. Se reconheço que a revolução fundamental não pode ser reproduzida por nenhuma reação da mente consciente ou inconsciente; que todas essas reações estão baseadas no temor, que impele à aquisição, na memória, no tempo, e se encontram, portanto, na parte externa, na periferia — se reconheço tudo isso, então o que a mente deve fazer e ficar completamente tranquila, não achais?
A função da mente, por conseguinte, consiste apenas em perceber como surgem essas reações, e em não procurar conquistar um determinado estado ou produzir uma modificação no centro, pela ação da vontade. O que pode fazer é apenas observar as próprias reações.
O observar, porém, exige paciência infinita; e se sois impaciente, a observação transforma-se num trabalho exaustivo, pois desejais progredir, desejais um resultado.
Só quando a mente está sempre cônscia de suas próprias reações de temor, de ganância, de inveja, de esperança, essas reações podem desaparecer; não desaparecem, porém, quando há condenação, comparação, julgamento. Só desaparecem pela observação simples, inteiramente isenta de escolha.
A mente se torna então extraordinariamente tranquila, de todo serena, e uma vez existente essa serenidade, opera-se uma revolução no centro.
Aí, somente, há a possibilidade de se ser individual, porque então a mente está só, livre de toda influência. Esse estado é criação. Nele, não existe um "experimentador" que experimenta. Enquanto há "experimentador", há processo de tempo.
Assim, essa revolução no centro, tão obviamente necessária, não é possível por meio de nenhuma espécie de compulsão ou disciplina, que são coisas muito infantis; realizar-se-á apenas quando a mente estiver de todo tranquila, percebendo, sem escolha, todas as suas reações externas e internas, como um processo total.
Vereis, então, surgir um sentimento extraordinário de bem-aventurança interior, o que não constitui uma promessa, nem uma recompensa de vossos valorosos esforços de muitos dias, ou muitos anos, para alcançá-la.
Essa felicidade, essa bem-aventurança não é o oposto do sofrimento; nada tem em comum com o sofrimento. Esse estado nasce da compreensão do sofrimento, a qual nos torna livres do sofrimento.
Ao apreciarmos estas questões, espero que vós e eu estejamos realmente refletindo juntos sobre o problema respectivo. Não estais à espera de minha solução, pois eu não dou soluções. É muito simples dar respostas, dizer "sim" ou "não", como qualquer mestre-escola.
O importante é que vós e eu descubramos a solução no próprio problema, porquanto esta é a única solução correta; e para o fazermos, deveis estar vigilantes, e eu devo estar vigilante. A solução correta não se encontra facilmente.
Temos, quase todos nós, tanta ânsia de achar a solução e passar ao problema seguinte, que nunca examinamos o próprio problema.
Se há um problema, embora possa ter enunciados diferentes; e para que ele seja compreendido através dos seus diversos enunciados, requer-se muita sabedoria, penetração, discernimento, e uma paciência que não é indolência.
Para penetrar, compreender, deve a mente estar livre de toda autoridade, de todo saber dos livros, de tudo o que outra pessoa tenha dito anteriormente. Infelizmente, temos lido tanto, sabemos tão bem o que disse o Buda, o que disse o Cristo ou outro qualquer, que somos incapazes de refletir sobre o problema de princípio a fim. Mas, para que possamos achar juntos a solução correta, tendes de pensar, investigar, penetrar a questão.
Krishnamurti — Percepção Criadora
sábado, 11 de agosto de 2012
É possível nos livramos da autoridade do conhecimento?
Cumpre a vocês, pois, observar, escutar, ver o fato — o que é — e com ele ficar. Isso é dificílimo.
Ora, quando vivem com alguma pessoa ou coisa — com sua esposa, seus filhos, com uma árvore, com sua idéia — ou ficam acostumados com ela que ela deixa de existir, ou vivem com ela, tudo observando. No momento em que se acostumam com uma coisa, tornam-se insensíveis. Se eu me acostumo com esta árvore, torno-me insensível a ela. Se fico insensível a árvore, fico insensível ao que é sórdido, insensível às pessoas; fico insensível a tudo. Mas, estar atento a alguma coisa não significa acostumar-se com ela, não significa acostumar-se com o que é sórdido, imundo, acostumar-se com a família, a esposa, os filhos. O não nos acostumarmos com uma coisa exige grande soma de atenção e, por conseguinte, de energia. Espero que estejam seguindo minhas palavras.
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)
"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)
"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)
Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...
Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.
David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.
K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)
A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)