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terça-feira, 23 de abril de 2013

A raiz de toda escravidão e as novas escravidões

O homem nasce escravo e permanece escravo durante toda a sua vida — escravo dos desejos, da luxúria, do corpo ou da mente, mas sempre o mesmo escravo. Desde o nascimento até a morte, há um longo combate contra a escravidão.

A religião consiste de seres livres. Religião é liberdade, libertação da escravatura. Mas o homem continua jogando consigo mesmo, enganando a si mesmo, porque isso é fácil.

Ser completamente livre é muito difícil. É necessária uma cristalização do interior, é necessário um centro. Até agora, não existe nenhum centro em seu interior, você não é um ser cristalizado — é apenas um caos.

Pode ser que seja uma assembleia, mas um indivíduo não. Algumas vezes, um desejo o domina e torna-se o presidente da assembleia. Pouco mais tarde, o presidente vai embora ou é descartado e outro desejo o domina. Você se identifica com cada desejo e diz: “Eu sou isto.”

Quando o sexo está na presidência, você se torna o sexo; quando a raiva está na presidência, você se torna a raiva; quando o amor está na presidência, você se torna o amor. Nunca se lembra de que você não pode ser isto ou aquilo — sexo, raiva, amor.

Não! Você não pode ser, mas identifica-se com a presidência, com qualquer coisa que esteja sendo poderosa num determinado momento. E esse presidente vai mudando, porque quando um desejo é preenchido temporariamente é arremessado para fora da presidência. Então outro, o que está mais próximo em exigência — fome, sede, amor — torna-se o presidente.

E você identifica-se com cada desejo, com cada escravidão.

Essa identificação é a raiz-causal de toda escravidão e, a menos que a identificação desapareça, você nunca será livre. Liberdade significa desaparecimento da identificação com o corpo, com a mente, com o coração ou com qualquer coisa assim denominada.

Este é o fato básico a ser compreendido: o homem é um escravo, nasce escravo, nasce chorando e gritando pela satisfação de alguns desejos. A primeira coisa que uma criança faz ao nascer é chorar. E isso permanece durante toda a sua vida.

Você está sempre chorando por isto ou por aquilo. A criança chora pelo leite — você pode estar chorando por um palácio, por um carro ou por qualquer outra coisa, mas o choro continua. Só pára quando você está morto.

Toda sua vida é um longo choro — eis porque existe tanto sofrimento.

A religião lhe dá as chaves para torná-lo livre, mas se a vida de escravidão lhe é conveniente, confortável, você cria falsas religiões que não lhe dão qualquer liberdade, que simplesmente acrescentam outros tipos de escravidão.

O cristianismo, o budismo, o hinduísmo ou o islamismo, do modo como são organizados, estabelecidos, são novos tipos de aprisionamento.

Jesus é liberdade, Maomé é liberdade, Krishna é liberdade, Buda é liberdade, mas o budismo, o maometanismo, o cristianismo, o hinduísmo não são — apenas imitam a liberdade.

Então, uma nova escravidão nasce: você não é escravo apenas dos seus desejos, dos seus pensamentos, dos seus sentimentos, dos seus instintos, é escravo dos sacerdotes também. Mais escravidão acontece a partir das suas falsas religiões, e nenhuma modificação ocorre em você.

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill