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terça-feira, 2 de abril de 2013

O que é escolhido não pode ser verdadeiro.


O que é escolhido não pode ser verdadeiro.
(...)
Para conhecerem a plenitude, a realidade, precisam de estar num estado de intenso percebimento, que só podem atingir, quando enfrentam uma crise.

A maioria de vocês tem passado por crises de várias espécies, relativas a dinheiro, pessoas, amor e morte, e quando são colhidos numa destas crises, vocês têm de escolher, de decidir. Como decidem? A decisão de vocês nasce do medo, do desejo, da sensação.

Assim, estão apenas adiando; estão escolhendo o que é conveniente, o que é agradável, e, por conseguinte, estão meramente criando outra sombra pela qual terão de passar.

Só quando sentem o absurdo da atual existência de vocês, e isto não apenas intelectualmente, mas com todo o coração e mente — quando realmente sentem o absurdo desta escolha contínua — então, deste percebimento, nasce o discernimento. Então, não escolhem, agem.
(...)
Alguns cientistas sustentam que a hereditariedade explica as tendências e peculiaridades do indivíduo, e outros afirmam que ele é o resultado do ambiente , meramente uma entidade social. Destas afirmações, que nos confundem, qual devemos escolher?

Que é o homem? Como compreendermos o significado da morte e a profunda angústia que a acompanha? Aceitando meramente as várias afirmações, poderemos resolver a tristeza e o mistério da morte? Seremos capazes de escolher por entre essas explicações, aquela que é verdadeira? Será isso um assunto de escolha?

O que é escolhido não pode ser verdadeiro. O real não pode ser encontrado nos opostos, porque os opostos são apenas o jogo recíproco de relações. Se o que é verdadeiro não pode ser encontrado nos opostos, o que é escolhido não conduz à compreensão da verdade, então, o que se deve fazer? Devem compreender por vocês mesmos o processo do próprio ser e não aceitar meramente as investigações dos cientistas ou as afirmações das religiões. Ao discernirem plenamente o processo do próprio ser, serão capazes de compreender o sofrimento e angústia da solidão que advém com a sombra da morte. Enquanto não perceberem profundamente o processo de vocês mesmos, a consideração do além, a teoria da reencarnação, a explicação dos espíritas tem de permanecer superficial, proporcionando consolação temporária, que só impede o despertar da inteligência. O discernimento é essencial para a compreensão do processo do "eu".

É só por meio do discernimento que poderão resolver os múltiplos problemas que o processo do "eu" sempre cria para si mesmo.

Vocês procuram se libertar do sofrimento, por meio de explicações, de entorpecentes, da bebida, dos divertimentos ou da resignação, e não obstante o sofrimento continua. Se quiserem colocar fim à tristeza, precisam de compreender o processo de divisão na consciência, que cria conflito e torna a mente um campo de batalha de muitos desejos. Pelo discernimento sem escolha, desperta-se a intuição criadora, a inteligência, que é a única a poder libertar a mente — coração dos múltiplos processos sutis da ignorância, do desejo e do medo.   
(...)
Onde há escolha e capacidade de escolha há somente limitação. Somente quando cessa a escolha, há libertação, plenitude, pujança de ação, que é a vida mesma. A criação é sem escolha, como a vida é sem escolha, como o entendimento é sem escolha. Assim, é a verdade; é uma ação contínua, um eterno vir-a-ser, em que não há escolha.

É discernimento puro.

Krishnamurti — O medo – 1946 - ICK
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill