É impressionante o nível de alienação mental das pessoas "bem informadas" ou tidas como dotadas de "grandes conhecimentos". Todos querem saber de tudo que se passa na terra, nos mundos espirituais e nos mundos cósmicos. Querem saber das energias que constituem a vida, nos mais diversos níveis possíveis. Alguns carregam bibliotecas inteiras na memória, como perfeitos computadores humanos. Todos apresentam-se com grande abertura para a "aquisição" de conhecimento. Uma espécie bestamente programada para consumir, assim como adquire geladeiras e celulares para depois jogarem fora, adquire novos conhecimentos para depois serem desprezados e substituídos por outros “mais modernos”. Para viciados no consumo, tudo vira consumo.
Mas para uma coisa vivem completamente fechados, como a ostra em sua concha – para o fundamento de si mesmos, em si mesmos. O que sou eu, afinal de contas?
Sabem de tudo e investigam tudo o dia inteiro, mas quando de se trata de descobrir a "si mesmo intrinsecamente", fogem, como foge o diabo da cruz.
Afinal das contas, quem detém o conhecimento e dá valor a ele? Quem inventa o conhecimento? A mente. O que é a mente? Onde está a mente? A vida que me dá vida vem de mim ou de algo fora de mim? Existe algo entre mim e eu mesmo, no sentido mais simples, profundo e intrínseco possível?
O que é isso que existe aqui na forma de um corpo e pensamentos cogitando outros mundos e outros níveis de consciência? O que é a consciência, afinal? Como a criança inocente que cucuta a cobra com uma varinha curta, querem mexer no que pensam que é consciência.
Se há seres espirituais e extra-terrestres, a vida que os faz vivos também vem de seu ser intrínseco, por qualquer que seja sua forma, por mais sutil ou “elevada” que seja.
Fica clara a constatação de uma realidade ridícula, patética feita de medo e fugas, onde tanto eles (os seres espirituais e extra-terrestres) fogem de si mesmos para cá, como nós fugimos de nós mesmos para lá.
É ridículo!