Sempre que você sofrer, da próxima vez, não reclame, não crie uma angústia daquilo. Ao contrário, observe, sinta-o, veja-o, olhe para aquilo de todos os ângulos possíveis. Faça daquilo uma meditação e veja o que acontece: a energia que estava indo para a doença, a energia que estava criando sofrimento, é transformada, a qualidade muda. A mesma energia torna-se sua consciência, porque não há duas energias em você, a energia é uma só.
(...) Quando você sofre, você está dissipando energia, a energia está vazando. Sempre que há sofrimento,sacuda-se. Feche seus olhos e olhe para o sofrimento. Seja ele qual for — mental, físico, existencial —, seja o que for olhe para ele, faça disso uma meditação. Olhe para ele como se ele fosse um objeto.
Quando você olha para o seu sofrimento como um objeto, você está separado, você não mais está identificado com ele, a ponte foi quebrada. E, então, a energia que estava indo para o sofrimento, não irá, porque a ponte não existe mais. A ponte é a identificação. Você sente que você é o corpo, então, a energia se move para dentro do corpo. Quando quer que você sinta qualquer identificação, sua energia se move aí.
(...) Sempre que há sofrimento, fique alerta; então a ponte está partida, então não há nenhuma transferência de energia para o sofrimento. E, pouco a pouco, o sofrimento desaparece, porque o sofrimento é seu filho. Você lhe deu nascimento, você é a causa. E, então, você o alimenta, você o rega. E então, ele cresce e você sofre mais ainda. Então, você reclama, você fica miserável, toda a sua atenção fica identificada com o sofrimento.
(...) Use todo o sofrimento para a meditação e, logo, logo, verá que o sofrimento desapareceu, porque a energia começa a se mover para dentro. Ela não fica se movendo na periferia, para o sofrimento, você não fica alimentando o sofrimento. Parece ilógico, mas essa é toda a conclusão de todos os místicos do mundo: que você alimenta seu sofrimento e gosta dele de modo muito sutil, você não quer ficar bem — deve haver algum investimento nisso.
(...) Noventa e nove por cento do sofrimento existe porque vocês associaram algo, que parece bom, com o sofrimento. Abandone essa associação. Ninguém mais pode fazer isso por você. Abandone essa associação completamente. O sofrimento está simplesmente desperdiçando sua energia. Não fique envolvido nele, não pense que ele vale a pena. Há somente um único meio em que o sofrimento vale a pena, e esse meio é com consciência. Torne-se consciente.
(...) Sofra reservadamente, sofra tão reservadamente que ninguém jamais fique sabendo do seu sofrimento. E então medite sobre ele: não o jogue para fora, acumule-o dentro e, depois, feche seus olhos e medite sobre ele. Então, a ponte será partida.
(...) Sofra reservadamente, sofra tão reservadamente que ninguém jamais fique sabendo do seu sofrimento. E então medite sobre ele: não o jogue para fora, acumule-o dentro e, depois, feche seus olhos e medite sobre ele. Então, a ponte será partida.
(...) O sofrimento pertence ao reino da morte, a consciência pertence ao reino da vida. Quebre a ponte e você saberá que algo em você, ao seu redor, vai morrer — aquilo que pertence à morte; e algo em você, sua consciência, não vai morrer, ela é imortal, pertence a vida. Eis que o sofrimento pode lhe dar a chave da vida.
OSHO