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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Não há absoluta liberdade na sociedade

O homem nasce como parte do mundo, como um membro da sociedade, de uma família, como parte de outros. Ele é educado não como um ser solitário, é educado como um ser social. Todo treinamento, toda a educação, toda cultura consistem em como fazer de uma criança uma parte integrante da sociedade, como fazê-la se ajustar aos outros. É isso o que os psicólogos chamam de ajustamento. E sempre que alguém é um solitário, parece mal-ajustado. 

A sociedade existe como uma rede, um padrão de muitas pessoas, uma multidão. 

No seio dela você pode ter um pouco de liberdade — a um preço muito alto. Se você segue a sociedade, se você se torna uma pessoa obediente, eles lhe arrendam um mundinho de liberdade . Se você se torna um escravo, a liberdade lhe é dada. Mas se trata de uma liberdade dada, ela pode ser tomada a qualquer momento. E isso é a um custo muito alto: é um ajustamento com os outros; assim, os limites estão fadados a estarem presentes.

Na sociedade, numa existência social, ninguém pode ser absolutamente livre. A própria existência do outro criará problemas. Sartre diz "o outro é o inferno", e ele está certo em larga medida, porque o outro cria tensões em você: você fica preocupado devido ao outro. Haverá sempre uma colisão, porque o outro está em busca de absoluta liberdade e você também está em busca de absoluta liberdade — todos estão em busca de absoluta liberdade — e a absoluta liberdade só pode existir para um. 

Mesmo seus supostos líderes não são absolutamente livres, não podem ser. Eles podem ter uma aparência de liberdade, mas isso é falso: eles têm de ser protegidos, eles dependem de outros — a liberdade deles é apenas uma fachada. Mas, ainda assim, devido a essa ânsia de ser absolutamente livre, a pessoa quer se tornar um rei, um imperador. O imperador dá a falsa sensação de que é livre. A pessoa quer se tornar muito rica, porque a riqueza também dá uma falsa sensação de que você é livre. Como pode um homem pobre ser livre? Suas necessidades serão o limite. E ele não pode satisfazer suas necessidades. Aonde quer que vá, encontra uma parede que não pode atravessar. 

Daí, o desejo por riquezas. Lá no fundo, é o desejo de ser absolutamente livre — e todos os desejos são criados por ele. Mas, se você seguir falsas direções, você poderá continuar indo em frente, mas você jamais alcançará a meta, porque desde o começo a direção estava errada — você perdeu o primeiro passo. 

No hebreu antigo, a palavra 'pecado' é muito bela. Ela quer dizer AQUELE QUE PERDEU A ROTA — não há senso de culpa nisso realmente. Pecado significa aquele que perdeu a rota, se extraviou; e a religião significa voltar ao caminho correto de modo que você não perca a meta. A meta é a absoluta liberdade — a religião é simplesmente um meio nessa direção. É por isso que você tem de compreender que a religião existe como uma força anti-social, porque, em sociedade, a liberdade absoluta não é possível.

OSHO
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill