Se você se sente grato por este conteúdo e quiser materializar essa gratidão, em vista de manter a continuidade do mesmo, apoie-nos: https://apoia.se/outsider - informações: outsider44@outlook.com - Visite> Blog: https://observacaopassiva.blogspot.com

quarta-feira, 12 de março de 2014

A experiência zero

Vocês não podem conceber o que acontece a uma pessoa quando se torna um Buda, num país, num mundo, que está completamente louco. Ela não está mais louca, mas tem que seguir as suas leis ou vocês a matam. Tem que fazer concessões. É claro que ela não espera que vocês lhe façam concessões. Vocês não estão num estado de poder pensar. Mas essa pessoa pode. Somente o superior pode fazer concessões ao inferior; só o maior pode fazer concessões ao menor; só o sábio pode fazer concessões à pessoas estúpidas.[...]

Você está aqui comigo. Está diante de algo original. Quando você falar sobre isso a outra pessoa, não será o original. Ouviu algo de mim e transmitiu isso a alguém, mas muito do que eu disse se perdeu. Então essa pessoa vai para uma outra e transmite a mensagem. De novo muito se perde. Dentro de poucos anos, depois de algumas transferências, a verdade está completamente distorcida, e restarão apenas mentiras.[...]

Todo o meu propósito aqui é empurrá-lo para a morte, empurrá-lo para o abismo do desconhecido, empurrá-lo para a EXPERIÊNCIA ZERO. Na Índia, chamamos isso Samadhi. É uma experiência zero — onde de um certo modo você existe e de certo modo não existe; onde você está vazio de todo conteúdo, permanecendo só o continente; onde tudo o que estava escrito no livro desapareceu, ficando apenas o livro vazio. Esta é a Bíblia real, o Veda real. Quando toda a escrita desapareceu e o livro ficou absolutamente vazio; quando todo o conteúdo, todos os pensamentos, a mente, as emoções, os desejos desapareceram e há apenas consciência pura, vazia de conteúdo. É isso que chamo de abismo. Você diz: você é meu pico, meu Everest... Sim, é verdade, mas o pico só virá mais tarde. Antes vem o abismo. Também sou o seu abismo.[...]

O ego funciona de uma maneira muito tradicional. Para ser revolucionário, é preciso que se vá além do ego. E não se pode fazer isso de uma vez por todas, é preciso fazê-lo a cada momento, pois o ego vai se fechando, vai se enfurnando em você. Cada momento que você passa, seja o que for que tenha vivido, o que tenha experimentado, torna-se o seu ego. Você tem que descartá-lo. A renúncia não é de uma vez por todas. Você tem que renunciar a cada momento, tudo que se acumula tem que ser renunciado. Só então a renúncia torna-se uma revolução. Você tem que renunciar não só as coisas banais do mundo, tem que renunciar às ideologias banais também — ao judaísmo, ao Cristianismo, ao Hinduísmo, ao Maometanismo. Tem que renunciar aos pensamentos para que possa permanecer um reflexo puro. Então a sua consciência pode permanecer imperturbada, descolorida de qualquer pensamento; você pode ver as coisas diretamente e a sua consciência não é perturbada nem distorcida por nenhum preconceito.[...]

A verdade não pode permanecer por muito tempo na terra; ela vem e desaparece. Se você estiver disponível ela o atingirá e depois desaparecerá. Você não pode prendê-la à terra. A terra é tão falsa e as pessoas tão absortas em suas mentiras que a verdade não pode ficar aqui por muito tempo. Sempre que um Buda caminha sobre a terra, a verdade caminha por alguns momentos. Quando um Buda se vai, a verdade desaparece. Restam apenas pegadas e você segue adorando as pegadas. As pegadas não são o Buda e as palavras pronunciadas por ele acabam sendo meras palavras. Quando você as repete elas são meras palavras, não significam nada. O significado vinha de Buda que estava por trás delas. Você pode repetir exatamente a mesma cosia, mas as palavras não serão as mesmas, pois as palavras por trás das palavras não serão as mesmas.
O S H O 

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill