Gayatri: Acho que minha mente nunca esteve tão visível para mim quanto agora. Ela era bem mais ridícula do que eu podia imaginar.
Osho: Ela é? E não é só a sua. A mente como tal é ridícula. Nós podemos continuar tolerando-a porque nunca olhamos para ela. Estar no momento é encará-la continuamente. Então, pode-se ver toda a estupidez da mente. Ela é simplesmente absurda. Nós perdemos muito tempo e energia com ela. Como um mestre, a mente é a coisa mais terrível que existe. Como um servo, ela é muito útil.
A observação, a conscientização, fazem você reconhecer, em primeiro lugar, que a mente como tal é louca, e começa-se a rir de si mesmo. Esse é o começo da sabedoria. Normalmente, as pessoas riem dos outros. Então elas ainda não sabem o que a risada deve ser. Quando você vê sua mente, começa a rir da sua própria situação. E quando a gente ri de si mesmo, há uma quebra, uma ruptura.
Uma vez que você entende que a mente é ridícula, ela já está perdendo o controle sobre você — do contrário, você não terá sido capaz de ver o ridículo dela. Ela é muito esperta em se esconder, em racionalizar a si mesma. Ela é muito esperta em enganar, mas se você viu isso, é um bom sinal. E viver cada momento é o único jeito de sair da mente.
A mente só pode existir com ajuda do passado e do futuro. Ela está no passado ou no futuro. Quando você vive cada momento, ela se torna ridícula. Ela está continuamente correndo para o passado ou para o futuro, e nunca está aqui.
Você quer estar aqui porque o momento está aqui, então, você vê toda a tolice dela. Você está comendo e a mente está indo para algum outro lugar. Você está olhando para as estrelas e a mente está indo para algum outro lugar; ela nunca está aqui.
Ela está sempre sentindo falta de alguma coisa, sempre desejando e, quando o momento vem, ela nunca desfruta dele. Ela está sempre fragmentada, pulando de uma coisa para outra, nunca completando nada e criando uma confusão ao seu redor. Olhando essas reviravoltas, começa-se a rir.
Assim, agora, o segundo ponto para você é: sempre que sentir que tudo isso é ridículo, ria-se. Não imagine apenas a risada, mas ria realmente, uma boa gargalhada. Não se preocupe se os outros ficarão surpresos com a sua risada. Eles não conhecem a piada; eles não sabem o que está acontecendo. Portanto, comece a rir sempre que sentir isso.
Não há nada como a risada para ajudá-la a sair da mente. As pessoas continuam fazendo muitas coisas, mas por um preço barato, a risada é possível.
Os fisiologistas dizem que quando você franze o rosto, duzentos e cinquenta músculos são envolvidos. É uma grande tensão. Se você ri, apenas sete músculos são envolvidos. É o ato mais econômico que pode ser feito, o mais relaxado, o que menos musculatura envolve. Quanto mais você aprende a rir, menos importante vão sendo até mesmo esses sete músculos. Um momento vem no qual nada é envolvido. O riso simplesmente se espalha por você como uma onda, como uma brisa passando. Então, ele se torna muito sutil, mas ajuda a afastar-se o máximo da mente.
Assim, acrescente agora esse segundo passo e continue a viver no momento. Sempre que você sentir o ridículo, dê uma boa gargalhada. Ótimo, Gayatri.
O S H O
O S H O