O ego está sempre procurando engrandecimento. Esta é a grande barreira. Por causa do ego, seu pote está de cabeça para baixo. A chuva está caindo e você continua vazio.
Iniciação não é algo assim tão fácil. Só se pode ser iniciado por alguém que já tenha atingido ao menos seu primeiro satori, o primeiro SAMADHI.
Existem três satoris. O primeiro significa que você vislumbrou algo distante — avistou os Himalaias ao longe, brilhando ao sol. Este é o primeiro satori. O segundo, é quando você alcança o pico — chegou lá. E o terceiro, é quando você e o pico se tornam um. Este é o último, o supremo, o samadhi.
Aquele que for iniciar você terá que ter atingido ao menos o primeiro, ou a iniciação será um equívoco. Esta é a parte que cabe ao Mestre: já deverá ter atingido ao menos o primeiro satori.
E muito mais é preciso no que diz respeito ao discípulo, porque, a menos que ele esteja pronto, através da meditação e da purificação pela catarse e limpeza profunda, não permitirá que seu pote seja virado para cima — mesmo que o Mestre esteja presente. O discípulo resiste, não se rende, não deixa acontecer. É preciso uma profunda confiança para que o Mestre possa fazer algo essencialmente profundo ao discípulo. É uma grande virada, uma conversão, e muita coisa é necessária no que diz respeito ao discípulo. Só então a iniciação é possível.
[...] O ego está sempre procurando engrandecimento. Esta é a grande barreira. Por causa do ego, seu pote está de cabeça para baixo. A chuva está caindo e você continua vazio.
Da parte do discípulo, a iniciação significa permitir que o Mestre faça O QUE QUISER — incondicionalmente. Da parte do Mestre, a iniciação só acontece quando ele tiver atingido ao menos o primeiro satori. Caso contrário, você poderá ser iniciado por mil mestres e não chegará a nada. Quando estas duas condições existirem, quando os dois requisitos estiverem preenchidos, acontecerá a comunhão entre Mestre e discípulo.
O S H O