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quinta-feira, 13 de março de 2014

Não pergunte às pessoas como não ser miserável

A sociedade fez uma grande obra. A educação, a cultura e os agentes culturais, os pais, os professores - fizeram uma grande obra. Transformaram criadores extasiados em criaturas miseráveis. Toda criança nasce em êxtase. Toda criança é um deus ao nascer. E todo homem morre como um louco. A menos que você descubra, a menos que recupere sua infância não será capaz de tornar-se como as nuvens brancas sobre as quais estou falando. Este é todo o seu trabalho, o sadhana - recobrar sua infância, recuperá-la. Se vocês puderem se tornar crianças novamente então... então não haverá nenhuma miséria. Isto não significa que para uma criança não existam momentos de miséria - existem. Mas mesmo assim não existe nenhuma miséria. Tente compreender isto. Uma criança pode sentir-se miserável, pode ficar infeliz, intensamente infeliz em um momento, mas ela é tão total nessa infelicidade, ela é tão inteira nessa infelicidade, que não existe nenhuma divisão. A criança separada da infelicidade não existe. A criança não olha para sua infelicidade dividida, à parte. Quando a criança está infeliz, fica totalmente envolvida. E quando você se torna inteiro na infelicidade, a infelicidade não é infelicidade. Se você se torna unido a ela, então ela tem sua própria beleza.

Olhe para uma criança - uma criança não mimada, eu quero dizer. Se ela estiver com raiva, toda a sua energia se transformará em raiva: nada será deixado para trás, nada será retido. Ela avançou e ficou com raiva; não há ninguém manipulando e controlando isso. Não há nenhuma mente. A criança tornou-se a raiva - ela não está com raiva, transformou-se na raiva. E então veja a beleza, o florescimento da raiva. A criança nunca fica feia - mesmo na raiva é bela. Fica apenas mais intensa, mais vital, mais viva - um vulcão prestes entrar em erupção. Uma criança tão pequena, uma energia tão grande, um ser tão atômico - com o universo inteiro a explodir.

E após a raiva, a criança fica silenciosa. Após a raiva, a criança fica em paz. Após a raiva, a criança relaxa. Podemos pensar que é uma miséria estar com raiva, mas a criança não fica miserável - ela tem prazer nisso. 

Se você se tornar inteiro em alguma coisa, ficará feliz. Se separar a si mesmo de qualquer coisa, mesmo da felicidade, tornar-se-á miserável. Portanto, esta é a chave: Fique dividido com o ego e esta será a base de toda a miséria. Fique inteiro, fluindo com tudo o que a vida traz, fique nisso intensamente, totalmente, de modo a não ser mais, a se perder... e tudo será felicidade. A escolha existe, mas você se tornou inconsciente dela. Escolheu o errado tão continuamente, fez disso um hábito tão morto, que escolhe automaticamente. Nenhuma escolha lhe resta.

Torne-se alerta. Em todos os momentos em que estiver escolhendo ser miserável lembre-se: a escolha é sua. Essa conscientização o auxiliará - essa percepção de que a escolha é minha, de que eu sou responsável, e de que isto é o que estou escolhendo para mim mesmo, de que sou eu que estou fazendo isto. Imediatamente você sentirá a diferença. A qualidade da mente será mudada. Será mais fácil caminhar para a felicidade. E uma vez que você sabe que a escolha é sua, a coisa toda se torna um jogo. Então, se você ama ser miserável, seja miserável. Mas lembre-se: a escolha é sua. E não reclame. Não existe ninguém que seja responsável por isso. Esse drama é seu. Se você gosta desse caminho, se gosta de estar num caminho miserável, se quer passar pela vida na miséria, essa escolha é sua, o jogo é seu. Você o está jogando. Jogue-o bem!

Mas então não vá perguntar às pessoas como não ser miserável. Isto é absurdo. Não vá perguntar aos Mestres e gurus como ser feliz. As pessoas chamadas de gurus existem porque vocês são tolos. Vocês criam a miséria, e depois vão perguntar aos outros como livrar-se dela. E continuam criando miséria, porque não estão conscientes do que estão fazendo.

A partir desse momento, tentem, experimentem ser felizes e alegres.

O S H O 
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill