"Você busca neste mundo, busca no outro mundo; às vezes busca no dinheiro, no poder, no prestígio, e às vezes busca em Deus, na graça, no amor, na meditação, na prece, mas a busca continua. Parece que o homem está doente com a busca."
A vida é uma busca, uma busca constante, uma busca desesperada, uma busca sem esperança... uma busca por algo que não se sabe o que é. Há uma profunda urgência em busca, mas não se sabe o que se está buscando.
E há um certo estado de mente no qual seja o que você consiga acaba não lhe dando nenhuma satisfação. A frustração parece ser o destino da humanidade, pois tudo o que se consegue torna-se insignificante no momento em que você consegue. Você começa de novo a buscar.
A busca continua, consiga você alguma coisa ou não. Parece irrelevante o que você consegue e o que não consegue — de qualquer maneira a busca continua. O pobre está buscando, o rico está buscando, o doente está buscando, o são está buscando, o poderoso está buscando, o fraco está buscando, o estúpido está buscando, o sábio está buscando e ninguém sabe exatamente o quê.
A busca — o que é e por que existe — tem que ser entendida. Parece que há um hiato no ser humano, na mente humana; na própria estrutura da consciência humana parece haver um buraco, um buraco negro. Você vai jogando coisa dentro dele e elas vão desaparecendo. Nada parece enche-lo, nada parece ajudar a preenchê-lo. É uma busca febril. Você busca neste mundo, busca no outro mundo; às vezes busca no dinheiro, no poder, no prestígio, e às vezes busca em Deus, na graça, no amor, na meditação, na prece, mas a busca continua. Parece que o homem está doente com a busca.
A busca não permite que você esteja aqui e agora porque ela sempre o leva para algum outro lugar. A busca é uma projeção, é um desejo: em algum outro lugar está o que se precisa; existe, mas em algum outro lugar, não aqui onde você está. Certamente existe, mas não neste momento, não agora, mas em outro lugar qualquer. Existe no depois, lá, nunca aqui e agora. Isso vai importunando-o, vai empurrando-o, puxando-o, atirando-o para uma loucura cada vez maior; deixa-o louco e jamais satisfeito.
O S H O