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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Observando a exata natureza de nossas relações

Antes de alterar a sociedade, temos de compreender toda a nossa estrutura, a maneira do nosso pensar, a maneira da nossa ação, a natureza das nossas relações com pessoas, ideias e coisas. A revolução na sociedade deve começar com a revolução no nosso próprio pensar e agir. A compreensão de nós mesmos é de importância precípua, se desejamos realizar uma transformação radical na sociedade; e a compreensão de nós mesmos é autoconhecimento. Ora, temos feito do autoconhecimento uma coisa extremamente difícil e remota. As religiões tornaram o autoconhecimento muito místico, abstrato e distante; mas se examinarmos com cuidado, veremos que o autoconhecimento é muito simples e requer, apenas, atenção às relações; e ele é essencial, se desejamos uma revolução fundamental na estrutura da sociedade. Se você, o indivíduo, não compreende as tendências do seu próprio pensamento, e das suas atividades, a mera realização de uma revolução superficial na estrutura exterior da sociedade só criará mais confusão e sofrimento. Se não conhece a si mesmo, se segue outra pessoa, sem conhecer todo o processo do seu próprio pensar e sentir, você será, obviamente, levado a mais confusão e mais desastres. Afinal de contas, a vida é relação, e sem relações não há possibilidade de vida. Não há vida no isolamento, porque o viver é um processo de relações; e as relações não se efetuam com abstrações, mas sim com a propriedade, com pessoas, com ideias. Em suas relações, você vê a si mesmo, tal como é, não importa como seja, se feio ou belo, se sensível ou grosseiro; no espelho das relações você vê com precisão todo problema novo, toda estrutura de si mesmo, tal como é. Porque você julga impossível alterar fundamentalmente as suas relações, procura fugir, intelectual ou misticamente, e essa fuga só criará novos problemas, mais confusão e mais desastres. Mas se, ao invés de fugir, você examinar a sua vida de relação e compreender toda a estrutura dessas relações, terá a possibilidade de ultrapassar aquilo que está muito próximo. Por certo, para ir longe precisamos começar com o que está muito próximo; mas esse começo com o que está próximo é dificílimo para a maioria de nós, porquanto desejamos fugir do que é, do fato do que somos. Sem compreendermos a nós mesmos não podemos ir longe; e nós estamos em relação contínua, visto que não há existência sem relações. A vida de relação, pois, é o imediato, e para ultrapassarmos o imediato precisamos compreender as relações. Mas preferimos examinar o que está muito distante, o que chamamos Deus ou a Verdade, do que promover uma revolução fundamental em nossas relações; e essa fuga para Deus ou para a Verdade é de toda fictícia, irreal. As relações são a única coisa que temos, e sem compreendermos essas relações nunca descobriremos o que é a realidade ou Deus. Assim, para que se realize uma modificação completa da estrutura social, da sociedade, precisa o indivíduo purificar as suas relações, e essa purificação das relações é o começo da sua própria transformação.

Jiddu Krishnamurti — O que estamos buscando?  



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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill