A verdadeira inteligência é o
equilíbrio da razão e do amor.
A razão e o amor são da mesma
substância, posto que vazados em moldes diferentes.
A vida é o oleiro Divino.
Vossa finitude dissolve-se na
infinitude da Vida.
Vida e morte são sinônimos.
A folha murcha de erva deplora a
glória perdida do sol.
Não dividais a vida em espírito e
matéria. Pois Vida e Morte, são uma coisa só.
No presente todo o tempo está
contido.
O prosélito é como folha varrida
pelo vento. Quando cessa o vento, ela cai ao chão.
O homem esqueceu-se de que é vida
eterna.
Para descobrir a nascente do rio
é preciso subir a correnteza, e, para descobrir a origem da Vida, é necessário
perseguir a razão e o amor. Compreendei estas coisas e conhecereis o eterno.
A vida não tem problemas, mas
apenas o homem em cativeiro.
O homem é Deus, pois que o homem
é vida.
Não há ilusão, mas em virtude da
distinção criada pela mente, nasceu o essencial e o não essencial, o real e o
irreal.
A ignorância e o desejo não são
permanentes, eles dissolvem-se na liberdade.
Ninguém vos pode tirar a
ignorância, rasgar o véu do desejo, a não ser vós próprios.
O nascimento e a morte cessam
quando a ignorância é vencida.
Uma mente perfeita, afigura-se ao
ignorante, menos inteligente que a sua.
O medo cresce cedendo ao medo.
A vida não pode ser envolta em
palavras; se assim fosse, não seria a vida.
Muitas pessoas há que são
inteligentes na ignorância.
Para conhecer a vida é preciso
existir perfeita harmonia da mente e do coração na liberdade.
Os valores eternos são
encontrados na beleza.
Libertai-vos do emaranhado dos
credos, costumes e tradições. Pensai com simplicidade.
A vida cria todas as formas e, no
entanto, a vida é isenta de forma.
O eu da verdade é a vida. Ela não
tem começo nem fim.
Equilíbrio é perfeição,
equilíbrio é verdade, equilíbrio é vida, equilíbrio é criação.
A vida é o regente de todas as
ações.
A vida e vós sois um. É o
ignorante que conhece divisão.
A criação está no momento de
equilíbrio.
Não possuais um sistema de pensar
que unifique ou prenda.
Ide após a verdade por amor dela
própria.
No homem está todo o universo, no
entanto, ele conserva-se apartado. A glória do homem é estar unido ao todo.
Prestar culto num milhar de
altares, não pode extinguir em vós o desejo que arda.
A vida é uma, porém suas
expressões são muitas. A glória do homem é unir-se com essa vida que é
indivisível, imensurável, e vai de eternidade em eternidade.
O indivíduo é livre e por isso
mesmo está limitado.
Vós andais perturbados com as
coisas materiais e eu me preocupo com o manipulador de todas as coisas, que é a
própria vida. Vosso julgamento é proveitoso para o homem que anda em busca de
muitas posses, porém de que serve vosso julgamento para o homem que busca a
liberdade?
Não podeis deixar vosso sinete ou
esculpir vossa imagem sobre a verdade.
Sou monarca na solidão.
A sabedoria não se encontra. A
sabedoria cultiva-se. A Sabedoria é equilíbrio.
A sabedoria recolhe-se na
simplicidade do coração.
Se tendes necessidade de culto,
cultuai o homem dos campos.
O verdadeiro começo do
entendimento é disciplina e deve nascer do amor. O cultivo do amor assegura a
incorruptibilidade. A incorruptibilidade é a perfeição da vida, é liberdade.
Portanto, despertai o desejo pela disciplina.
Em virtude de sua própria pureza,
a vida é divisível e está em todas as coisas.
Procurai o que é eternamente belo
e deixai que isso seja o guia do vosso pensamento e do vosso amor.
A vida tem que libertar-se de
suas próprias expressões.
Para o homem que está unido à
vida eterna, a plena sabedoria é sua glória.
Da disciplina do eu provém a
verdadeiramente criativa expressão de si mesmo.
O animal é incapaz de compreender
a incorrupção, ao passo que o homem conhece a corrupção está continuamente
lutando em direção à incorrupção.
A verdadeira autodisciplina não é
expressão, porém, sim, entendimento criativo.
Não vos é possível corromper o
oceano, pois que ele é livre, ilimitado, imenso. Assim é a vida.
Libertai-vos da autodisciplina.
A vida impulsiona e se expressa
pelo desejo. Enquanto a vida está cativa do desejo, há tristeza, alegria e
morte.
Pela própria força da percepção é
que vós sois.
Na experiência não há tempo.
A libertação está para além da
autodisciplina.
A imperfeição cria a
individualidade. Na perfeição ela cessa.
Durante o processo do atingir,
dizeis “eu sou”, porém, atingida a perfeição, dizeis vós sois”.
A vida, a elaboradora de todas as
coisas, ensinou-me.
Meditação é entendimento. Contemplação
é ser.
A grandeza do homem está em ninguém
poder salvá-lo.
Pelo amor da vida, eu sou
imortal.
Extraído do livro de notas de Krishnamurti