A imperfeição, o conflito, cria a
eu-consciência, o sentimento da individualidade.
O ser liberto não vive nem no
futuro nem no passado, porém sim no presente, que contém todo o tempo.
A verdadeira piedade destrói a
distinção entre “tu” e “eu”.
Libertação é estar isento da
causa do egoísmo.
Quando o homem perceber que ele é
o criador da tristeza, então, compreenderá a Verdade.
Deuses, Mestres, aparições e mistérios,
não podem libertar o homem.
A sabedoria pertence à vida.
Para compreender a vida tendes em
vista aquilo que é morte. Desse modo a vida passa por vós e vai adiante. A morte
não pode pavimentar a estrada do entendimento.
Em absoluto não presteis culto.
Todo o momento de pensamento,
todo o sopro de emoção, torna-se um degrau para chegar a essa verdade que é
vida eterna.
A perfeição é divisível ao
infinito, porém a imperfeição, a individualidade, é indivisível.
Para vos transformardes, renovai
a mente.
Em vossa pesquisa pela verdade,
buscai o essencial.
A individualidade não constitui
um fim em si mesma. No frutífero contato com a vida ela perde sua
separatividade.
Contra a autoridade, a razão não
pode prevalecer.
O homem glorifica sua
individualidade e deseja que ela continue após a morte. Assim, pois, ele a
identifica com um Mestre, com um guru
ou com um Deus. Toda a ilusão, porém, cessa, com a dissolução da
individualidade.
Para o homem de tristeza, não há
futuro.
A Verdade não tem discípulos,
porém vós tendes que vos tornar discípulos da Verdade.
No vale dos grandes desejos eu
fui apanhado.
A sabedoria não é botão que
desabroche em uma só noite.
Não vos é possível realizar a
imortalidade através de outrem.
O conhecimento direto é a porta
da Verdade.
A afeição desapegada age sempre,
porém jamais reage. As reações pertencem à limitação.
O amor do homem é maior do que o
amor da pessoa.
O homem apega-se aos muitos no
uno. O uno nos muitos será demasiado para ele.
Estar em íntimo contato convosco
próprios, é Vida criativa.
Não tomeis a lagoa pelo oceano.
Os encrespados do lago não são as vagas do mar.
Amai e libertai-vos do amor.
Não tomeis o perfume de uma flor
única, porém, recolhei o perfume da flor da vida.
Sede ardentemente impassíveis.
O fardo das posses e crenças traz
tristeza. Na plenitude da tristeza nasce o entendimento. Pelo entendimento
criativo o homem se liberta.
Abri o desejo.
No agir, sois colhidos pelo
conflito.
Não cultiveis vossa planta em um
vaso, porém, deixai que toda a terra seja o seu solo.
Ação sem reação é harmonia.
A verdade se revela a si própria
no libertar-se da eu-consciência, e não por meio de milagres e profecias.
O essencial é sempre simples.
Não adoreis a flor aberta de
ontem.
Não vivais para vós mesmos.
Assim, sereis capazes de resistir.
A inspiração da ambição é o sutil
engano da mente.
Estranhas ideias exigem estranhos
deuses.
Feliz o homem que está liberto de
toda a conformidade.
A Verdade é sua própria
espontaneidade.
Compreendei a vida e
compreendereis a morte. Vencei a vida e vencereis a morte. Não temais a vida e
não temereis a morte.
Sede independentes, sem
particularidades.
Não vos é possível ocultar o
perfume do amor.
Pelo comportamento sem esforço,
julga-se a virtude do homem. Se houver esforço, não mais será virtude.
Não ameis com a mente.
A Verdade jamais pode ser
conhecida, ela só pode ser realizada.
Extraído do livro de notas de
Krishnamurti