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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Sois prisioneiros da ânsia e do desejo

Presentemente estais colhidos dentro de muros de uma prisão por vós mesmos confeccionadas e buscais auxílio no exterior; porém ninguém vos pode ajudar, ninguém, a não ser vós próprios, pode derrubar as paredes que vos fecham. Prisioneiros da ânsia e do desejo, perpetuamente vos preocupais com o que seja a verdade, Deus ou a luz. Só podereis saber isto quando estiverdes fora da prisão. No entanto, em vossa intensidade de sofrimento, não despedaçais as paredes que vós próprios haveis criado, permaneceis na prisão e esforçai-vos por imaginar a natureza da liberdade. Por esse modo, apenas trazeis uma ideia para a vossa prisão, e não rompeis as paredes. É somente derrubando as ilusões criadas por meio do desejo, da ânsia, que libertais a mente da ideia das distinções, de modo a não mais haver luta.

Portanto, eu vos digo, não presumais coisa alguma. Não luteis para imaginar o que seja uma vida perfeita ou o que deva ser a verdade, porém tornai-vos apercebidos do fato de serdes o criador de vossa própria prisão. No fazer frente a este fato, no reconhecer que esta limitação vem do vosso próprio anseio de acumular haveres ou conhecimento, começais a derrubar a prisão que vos encerra. Onde houver anseio tem que haver luta para consecução e a consecução sempre fenece em vossa mão; pois que, no próprio momento do preenchimento, ela já perdeu seu significado e é deixado de lado. Por esse modo continua uma incessante luta.

Portanto, afim de poderdes compreender verdadeiramente esta luta constante, seu significado e dela libertar-vos, tornai-vos conscientes de que sois prisioneiros e então, como indivíduos que sois, pulareis fora da prisão que é esta pretensa civilização baseada no egoísmo, esta estrutura monstruosa que foi erguida através dos séculos.

É somente tornando-vos apercebidos de que sois vós próprios os únicos criadores das paredes da prisão que vos encerra e tornando-vos plenamente conscientes de vossas ações, que são o resultado de vossos pensamentos e sentimentos, que podeis destruir a prisão. Quando a mente está livre e não mais se encontra limitada por ideias pessoais ou pela limitação do afeto pessoal, advém a harmonia, a quietude da intensidade viva. Somente então conhecereis aquilo que é eterno. Portanto, não busqueis o eterno, porém tornai-vos apercebidos no presente quanto a causa do sofrimento, e, nessa chama de apercebimento, conhecereis a liberdade da harmonia, que é verdade.   


Krishnamurti, palestra pelo rádio em 1932
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill