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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Seja ousado com a vida


O controle é uma obsessão da consciência quando se identifica. A identificação com o corpo faz a consciência sentir-se vulnerável. Ela sabe que o corpo não é permanente, que ele pode se ferir e está sujeito à dor, à doença e ao envelhecimento; portanto, ao se identificar com o corpo, a consciência também sente que ela pode se ferir ou morrer. Além do mais, quando a consciência se identifica com a mente, parece ocorrer uma transferência de responsabilidade. Tudo aquilo de que naturalmente a consciência toma conta, por exemplo, o bem-estar do corpo, conforto, ações e situações, agora parece ser obrigação exclusiva da mente limitada. É assim que a consciência acaba vivenciando culpa, vergonha, remorso e ansiedade. Ela se preocupa em não se equivocar, teme fazer uma escolha ruim ou perder algo que apazigue essa constante e subjacente ansiedade em torno de sua vulnerabilidade, ou cria fantasias sobre algo que a aliviará. A percepção da vida da mente gira ao redor da batalha contra esses fatores corporais e, enquanto a consciência estiver identificada, ela também parecerá imersa nessa luta.

Você, a consciência, precisa desse corpo para continuar a provar e experimentar, mas não é necessário se identificar com ele. Sem identificação, o corpo continuará aí e essa obsessão pelo controle sumirá. O corpo é totalmente inocente em tudo isso. Por decreto divino, ele está fazendo o seu trabalho. O corpo não sabe que é você. Algo de lá dentro está constantemente sustentando o corpo como “eu” dando um nome a ele.

A mente precisa ter algo para ameaçar você e mantê-lo refém. Deve haver algo que você queira ou não queira para que a mente consiga que você ouça seus falsos alertas, como: “Se eu não fizer isso, algo desagradável vai acontecer”. Na maioria das vezes trata-se do medo da mudança, porque a mente imagina que o que não conhece ou não projetou será negativo. Haverá um tipo de perda ou uma renúncia ou um retrocesso. E isso poderá levar à aniquilação, coisa que a mente passa todo o tempo tentando evitar.

Seja ousado com a vida, diga: “Está certo, me transforme em um mendigo de rua se é o que deseja, mas serei um mendigo livre”. E então você verá de onde vem o temor. Você consegue fazer isso? Outros já o fizeram e descobriram que, ao serem encarados, seus temores não passam de fantasmas que evaporam na luz de sua coragem e disposição em ver verdadeiramente.

O medo sempre é maior que a realidade. O medo aparece por causa da falta de confiança. Você acha que pode tomar conta de si melhor do que Deus pode. Teme que o que Deus tenha planejado para você não seja exatamente o que você quer. Provavelmente isso é verdade, porque os sonhos que abrigamos se limitam ao que sabemos da vida e de nós próprios, o que é infinitesimal se comparado à vastidão do que É. Quando nos desprendemos daquilo que achamos que nos fará felizes, deixamos a graça divina respirar, e coisas formidáveis e belas, sequer imaginadas, têm espaço para acontecer.

Ainda assim, essa aparente necessidade de controlar, o medo de perder o controle e o suposto transcender o medo também são a consciência agindo, porque não há indivíduo fora dessa consciência para decidir ou agir contrariamente ao desejo permissivo da consciência. Tudo é consciência. Os seres humanos e sua atividade são um efeito e não a causa da consciência. Pondere sobre isso. Podem os personagens no primeiro capítulo de um livro determinar como deverá ser o segundo capítulo? Eles podem obrigar o autor a mudar situações e personagens que não são de seu agrado ou impedir que o próximo capítulo aconteça?

Para alguns, enxergar através da ilusão de controle é uma ideia profundamente repressiva, enquanto, para outros, ela é totalmente libertadora. A consciência não está torcendo seu braço. Você está convidado a ver.

Mooji      
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill