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quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Julgar a outrem é negar a liberdade

No vale de duas nuvens radiantes contemplei uma estrela.

Como a chuva que desce em torrentes ofuscantes e lava o pó da véspera, deixando tudo ameno, verde e a luzir, assim a dúvida destrói toda percepção momentânea, deixando a mente e o coração em jubilo constante.

O Silêncio purificou-me.

A experiência sem compreensão conduz ao caos. A experiência, como mero acumulo, não encerra o Perfume da Vida.

Quem segue a Verdade e nela se firma, não tem qualidades.

O hábito é como uma corrente. Um povo negligente é como nuvem sombreando a terra.

O esquecimento é dado ao mais elevado assim como ao mais baixo.

A lisonja e o insulto nascem da ignorância. Recebe-os, ambos, com bondade.

Julgar a outrem é negar a liberdade.

Esta vida não é uma competição pessoal com a Verdade.

A Verdade desafia toda competição.

O mundo deve estar concentrado em vós.

Conflitar com outrem é o mesmo que deixar cair lama num copo d’água cristalina.

O conformar-se mata a iniciativa.

Como vela branca sobre o mar azul, eu sou, solitária para o que a contempla das praias da limitação.

O desejo de conforto cria a tradição do pensamento e do sentimento.

Há decadência terminal, em todas as coisas, exceto na harmonia do pensamento e do afeto.

A Verdade não exige sacrifício, e sim compreensão.

O homem perfeito não é um exotismo da natureza. É a sua florescência.

Descobre o que é o teu mais secreto santuário.

A tua mente e o teu coração devem ser como um instrumento de corda de cujas profundezas os ventos errantes arranquem grandes acordes de música infindável.

Não entrarei em conflito com pessoa alguma, pois amo a Vida.

No coração daquele sobre quem não pesa o fardo do temor, há êxtase.

A tradição é a mão mirrada do tempo.

Inteligência é a capacidade de discernir o essencial, que é o eterno.

Deves ter a coragem de destruir o gênio para edificar.

Na busca da auto-expressão o amor à Vida se perde. Ama primeiro a Vida, pois que seguir a expressão desse amor virá com a sua suavidade do voo de uma avezinha.

Meu coração é como o perfume de uma flor.

Sacrifício e renúncia só existem quando a tua verdadeira auto-expressão for negada.

Segue as sinuosidades e as sutilezas da Verdade.

A verdadeira alegria só existe quando lutas no êxtase da auto-expressão, a qual deve ser a manifestação do amor à Vida.

Reencarnação é autoconsciência no tempo.

Desejo é o terreno de onde brotará a flor plena do entendimento.

A Verdade não tem discípulos, assim como não tem povo escolhido.

O triunfo da verdadeira percepção. Só isto capacitará a praticar, a erguer-se ao nível da teoria.

Da multiplicidade da vida nasce a quieta beleza da harmonia interna.

O conforto incuba o medo.

O verdadeiro amante da Vida não tem filosofia, pois que é verdadeiramente livre.

A ambição é como uma linda rosa. Nas mãos de um poeta, desperta o deleite da eternidade. Nas de um tolo, é coisa sem valor.

Não afastes o momento da contemplação.

Vi a lua e as grandes estrelas lucilantes nas sombras de um lago. Ao passar os transeuntes, atiravam-lhe pedras.

Abrirei meu caminho para o coração das coisas.

O homem que sabe o seu futuro não é um criador. Mas, aquele que conhece o presente é o afortunado adorador de um simples dia.

Para quem busca a Verdade, o tempo não existe.

Luta primeiro contigo mesmo, pois que só então poderás lutar com o mundo.

Contempla para agir, não para esquecer.


Quem é o civilizado? Nem o homem de grandes posses, nem o paupérrimo. É, sim, aquele que sobrepuja ao rico e ao pobre, liberto das circunstâncias, não corrompido pelo desejo e no qual a fonte da afabilidade nunca se estanca.

Extraído dos apontamentos em diário de Krishnamurti, 1931
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill