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terça-feira, 9 de agosto de 2016

Deveis cultuar aquilo que é incorruptível

Tenho observado pessoas em todas as condições de vida e as tenho encontrado cativas das circunstâncias em que se encontram, cativas de suas crenças. Eu as tenho visto colhidas pelas religiões, pelas riquezas, pelos temores — acreditando serem essas coisas necessárias ao preenchimento da vida.

Eu as tenho contemplado em meio de seus trabalhos; e em seus corações não há contentamento, nem grandeza em suas mentes.

E desse para mim próprio: tudo isso são modalidades segundo as quais se criam as complicações. Deve haver uma via simples, uma via direta.

Essa via eu a encontrei, e quisera mostrar-vos-á.   

Não encontrareis a Verdade pela dependência em apoios exteriores, não pelo confiar em religiões, em preceitos de comportamento, em leis de retidão e de moral. Porém, sim, apenas pelo desenvolver vossa inata força interna é como percebereis.

Por muito tempo vos haveis apegado às autoridades, às crenças; por muito tempo já haveis lutado. E, no entanto, não sois ainda felizes. Tendes tido as vossas religiões, as vossas cerimonias, os vossos livros, as vossas maneiras complicadas de encarar a vida; estas coisas, porém, não vos trouxeram felicidade. E agora eu vos digo: experimentai o meu caminho.

Deveis cultuar aquilo que é incorruptível. Deveis dar vosso amor àquilo que está além da estagnação.
Que há nisto que causa temor? Que há aí que possa causar desentendimento? Com todas as vossas crenças, os vossos sistemas, as vossas cerimonias e os vossos deuses, não sois felizes. E, no entanto, atemorizai-vos de abandoná-los.

Se vossas crenças podem ser despedaçadas, não são dignas de serem conservadas. Se vossos sistemas são tão frágeis que não podem resistir a tempestade da dúvida e da tristeza, merecem morrer.

Verificai se há dentro de vós o êxtase de propósito e o poder de criar no eterno. Se não tiverdes dentro de vós o intenso desejo de libertação, vós assim como as vossas obras mais não serão que sombras passageiras.

O que digo, não o digo com rudeza. Dado, porém, serdes infelizes, eu quisera mostra-vos o caminho da felicidade.


Sede responsáveis perante vós mesmos por todas as vossas ações. Não busqueis abrigo na autoridade exterior. Mantende-vos com vossos próprios pés. Para poderdes dar preenchimento à Vida, passai além de toda a experiência. Para poderdes ser grandes no amor, guardai afeto em vosso coração para com todas as coisas. 

Krishnamurti, agosto de 1931
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill