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domingo, 31 de julho de 2016

Ao homem que atingiu, tudo se torna mais difícil

Pergunta: Para muitos de nós, a ideia do Cristo como um exemplo, tem-se tornado irreal, pelo fato de Ele haver se apresentado como diferente de nós — o Filho de Deus em sentido único. Não haverá a mesma possibilidade no que a vós concerne? Pode qualquer de nós esperar jamais vir a ser o que vós sois?

Krishnamurti: Dizeis-me: “É diferente para vós, pelo fato de haverdes atingido; ao passo que eu, a quem não aconteceu, tenho que passar por todas as complexidades, as complicações da vida”. Um montanhês que haja subido e conheça o caminho, adverte aqueles que desejam atingir o cimo, dos perigos que tem adiante. Não tem, portanto, que replicar: “Isto é bom para vós, porém eu quero escorregar por este precipício abaixo”. Vós estais vos esforçando por operar divisões na vida, porém, para aquele que atingiu, tais divisões não existem. Dizeis ainda “Pelo fato de haverdes atingido, isto vos é fácil”. Ao contrário, para o homem que atingiu, tudo se torna mais difícil e por causa dessas dificuldades, diz ele: “Amigos, afastai-vos destas armadilhas, e complicações; existe uma via mais simples, uma via mais nobre, uma via menos complicada”. O homem que atingiu é a própria vida; para ele não existe divisão da vida. Daí, ele quisera mostra-vos o modo pelo qual podeis unificar a vida. Se quiserdes dar preenchimento à vida, necessitais de destruir todas as barreiras que dividem os homens. Se tiverdes o atingimento como reservado apenas a uns poucos, para algumas pessoas estranhas, misteriosas, ele torna-se irreal; e por causa dessa irrealidade, começais a construir aquilo que supondes ser real e duradouro. Porém, isso será somente uma gaiola de limitação.

Um homem que haja sido mutilado na guerra, que haja sofrido a corrupção da crueldade, aconselhar-vos-ia a não combater. Se, porém, vós responderdes: “Eu quero lutar, quero gozar do conflito, quero contemplar as trincheiras e todos os preparativos da guerra”, ele não vos pode impedir. Amigo, o homem que haja atingido é vós próprio; posto que vos encontreis ainda em limitação. Assim, quando dizeis: “Vós sois diferente”, estais simplesmente exagerando as vossas limitações.

Pergunta: Haverá algum ponto em o qual as vossas ideias da vida difiram dos ensinos dados ao mundo por Jesus?

Krishnamurti: Compete a vós descobrir.

Ultimamente tenho viajado bastante e tenho conferenciado muito, — como é meu métier, — e após cada conferência tem-me sido perguntado; “É a vossa compreensão da vida diferente da de qualquer outro instrutor?”

Tem que ser diferente, pois que a descoberta da verdade, por parte de cada homem, é diferente também. Se simplesmente eu me amoldasse ao padrão de outrem, seria isto uma imitação.  

Krishnamurti, 1930

       
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill