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sexta-feira, 29 de julho de 2016

Como pode uma pessoa contristada ser feliz?

Pergunta: Pode-se jamais ser completamente feliz quando nosso irmão se acha em cativeiro?

Krishnamurti: Por acaso quando vosso irmão está doente, vós o ficais também? Quando alguém é esmagado por um automóvel, por acaso vos atirais sob as rodas do mesmo e vos fazeis despedaçar? Não quereríeis antes atingir a felicidade eterna que vos capacite proporcionar a paz aos outros? É uma ideia bem falaz a de que não podeis ser felizes se os outros forem infelizes. Como podereis auxiliá-los a possuírem a felicidade, se vós próprios não tiverdes a compreensão e a realização da felicidade? Se certas pessoas no mundo forem cegas, tornar-vos-eis por acaso cegos afim de ajuda-los? Se alguém não possuir abundância de experiência, deveis por isso rejeitar a experiência? Se algumas pessoas não houverem fixado sua meta na existência e não procurarem seu atingimento, fareis vós a mesma coisa? É bem grotesco o imaginardes que podeis auxiliar às pessoas descendo a seu nível, antes do que elevando-as até o vosso. Para poderdes ajudar àqueles que estão na tristeza, aos que estão sofrendo, àqueles que se acham em cruel cativeiro, não vos haveis de tornar vós próprios de espírito estreito, emaranhados pelos dogmas, colhidos pelo temor e engaiolados nas limitações estreitas. Ao contrário, fugireis a essas coisas se realmente quereis ajudar. Para ajudar com verdade tendes que haver ultrapassado a necessidade de ajuda.  

Pergunta: Haveis dito que não podemos fugir à tristeza. Como pode uma pessoa contristada ser feliz?


Krishnamurti: A resposta é muito simples: Não pode. Porém a tristeza dá o perfume da vida. Não podeis atingir a perfeição sem lágrimas, nem chegar à consecução sem sorrisos. Todos vós tendes medo à tristeza. Porém a tristeza dá a força que vos há de sustentar em vossa luta; e a tristeza é experiência. Convidai a tristeza para o vosso coração e não a eviteis nem a deixeis de parte por temerdes a dor. Como podeis ser felizes sem o entendimento da tristeza? Como podeis ter simpatia sem haver tido lágrimas nos olhos? Como podeis produzir ou criar alegria no coração dos outros, se em vós próprios não tiverdes tido o êxtase? Necessitais de todas as coisas e a tristeza é tão nobre como a alegria. Somente por vestir-se a tristeza de preto é que ela é tornada horrível. Sem provar de toda a experiência, como a abelha prova toda a flor num jardim, jamais podereis atingir a felicidade eterna a qual é libertação do jugo da experiência. Vós quereis atingir sem luta. Pensais atingir grandes alturas por algum milagre. Por isto é que tendes tantos credos, tantas religiões, tantos ritos, tantas escórias para vos sustentar. Temeis fazer face a vós próprios e às vossas fraquezas. Somente pelo entenderdes essa fraqueza e a vencerdes é que podeis atingir à perfeição.    

Krishnamurti, 1930
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill