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quinta-feira, 28 de julho de 2016

Libertando a vida que está dentro de vós mesmos

Pergunta: Se a libertação é independente do crescimento evolucionário e se um homem apenas ligeiramente evoluído pode atingir a libertação e, com ela, o aniquilamento do eu, como pode tal homem prosseguir em sua evolução se não possui ego no qual possa armazenar a essência de suas futuras experiências?

Krishnamurti: Evolução é a extensão da individualidade —aquilo a que chamareis consciência individual, autoconsciência no tempo. Ora aquilo que é imperfeito, que é a individualidade, não pode ser multiplicado; a imperfeição não pode ser evolucionada e, se o for, permanecerá sempre imperfeição. De nada serve multiplicar aquilo que é separatividade digamos, até o grau “n” — pois que ficará sempre separado pelo fato de possuir suas raízes na separação. Portanto, a multiplicação desse “eu sou”, que é separatividade, jamais conduzirá à exclusividade. A evolução desse “eu sou” tem de permanecer sempre imperfeita, pois que parte da imperfeição. Na melhor das hipóteses, não é mais que uma expansão da separatividade. A libertação, por outro lado, é o libertar-se da consciência a qual não é a multiplicação do “eu sou”; e sim o desgaste do sentimento de separatividade.

Pergunta: Torna-se a vida de um indivíduo de qualquer modo melhor e mais útil no mundo simplesmente pelo fato de deixar ele de seguir a instrutores menores e aderir ao maior de todos, embora este maior não deseje seguidores e sim apenas que se viva a vida?

Krishnamurti: Para que vindes assistir a estas reuniões? Por pensardes que aqui existe alguém que é honesto e sincero e que atingiu a meta. Assistis afim de compreenderdes certa atitude que eu sustento ser a atitude única. Não vos digo que deveis formar divisões acerca deste fato e criar intolerância. Se estiverdes pensando que este é um método único que vos explicará o processo integral de viver, jamais o compreendereis. Se, porém, continuamente vos ajustardes à vida, não somente aqui no momento presente, porém depois que daqui vos retirardes, então não estareis seguindo a ninguém. Vede, pois, que o atingimento espiritual não está no seguir a outrem, seja um guia, um instrutor, ou um profeta. Eu não sou nenhuma destas coisas. É uma desgraça o atribuírem-me tantos nomes. Eles irão desaparecendo gradualmente. A coisa que me importa é o estar unido com a vida, o ser livre e feliz; e somente podereis chegar a isto libertando a vida que está dentro de vós mesmos.      


Jiddu Krishnamurti em 1 de janeiro de 1930 
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill