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terça-feira, 26 de julho de 2016

Livre arbítrio é realizar a totalidade em nós

Pergunta: Dizeis que o Eterno Agora, que é Vida, contém todas as coisas, portanto o passado e o futuro também. Se assim é, que acontece à vontade livre? Pode-se atingir a realidade pelo desenvolver de virtudes? Ou são as virtudes o resultado da realização do Eterno? Tendes frequentemente falado acerca de muletas e dito que necessitamos colocar todas de lado. Porém, no fim de tudo, não são todas as coisas que nos rodeiam, mesmo vós, muletas que auxiliam os homens a aperceberem-se de que a Verdade somente pode ser encontrada dentro deles mesmos?

Krishnamurti: O livre arbítrio, para mim, reside no preenchimento da existência individual e no conduzir a existência individual ao seu objetivo. Isto deve ser feito mediante um apercebimento concentrado quanto ao presente, pelo estardes apercebido do propósito da existência individual, desenvolveis a realidade dentro de vós mesmos, realizais a totalidade dentro de vós e isto é livre arbítrio.

“Pode alguém atingir a realidade desenvolvendo virtude? Ou são as virtudes resultado do Eterno?” A virtude somente o é quando não mais existe o esforço autoconsciente, quando é espontânea. Um homem cheio de cólera, que faz esforço para dominar essa cólera, não é virtuoso; ele está ainda em processo de luta e a virtude somente o é quando inconsciente.

“tendes com frequência falado acerca de muletas e dito que devemos deixa-las todas de lado. Porém, no fim das contas, não serão todas as coisas que nos rodeiam, até mesmo vós, muletas que auxiliam os homens a aperceberem-se de que a verdade somente pode ser encontrada dentro deles próprios?” Se dependerdes de outrem para a realização da Verdade que está dentro de vós próprios, então essa confiança em outrem será uma muleta. Se, porém, vos aperceberdes de que todas as coisas que vos rodeiam contêm a Verdade, então dependereis de tudo e não de um só; então dependereis da vida e não de uma particular expressão dela. Sei que muitos aqui estão tendendo a gradualmente confiarem em mim, citando-me como autoridade; porém isto é, mais uma vez, um engano. A verdade não reside em outrem ou na consecução de outrem, ou na autoridade de outrem, ou na exposição de outrem; ela reside dentro de nossa própria mente e dentro de nosso próprio coração e somente pode vir à percepção por meio da ação, pela seleção contínua, pela conduta auto-realizada, pela disciplina auto-imposta, não pela autoridade, não pelo temor.   


Krishnamurti em Acampamento da estrela de Ommen, 4 de agosto de 1930 (Campfire)
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill