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domingo, 17 de julho de 2016

Abrindo mão das atividades não-essenciais

Pergunta: O efeito do trabalho cerimonial, tanto o da igreja como o maçônico, é libertar energia. Este poder flui sobre o mundo e ajuda a neutralizar karma e elevar a consciência geral. Deve este trabalho cessar?

Krishnamurti: Penso que voltamos ao medievalismo. Como sabeis de tudo isto? Alguém vo-lo disse ou faz parte de vossa própria experiência? Se fordes belos, já estareis libertando força — seja qual for a frase que queirais usar — e por esse modo auxiliareis a todos. Porém, a beleza não se apercebe a si própria. Ela se expande cuidadosa sobre se a percebem ou não. Assim também é no vosso caso; não vos deveis incomodar acerca de quem estais ou quem não estais ajudando. Se fordes conscientes de vossa beleza não mais sereis belos. Porém é isto exatamente o que estais fazendo — vós vos achais conscientes de estar espalhando força ou como quer que o chameis, e daí tornar-se isto artificial e inútil. “Deveria este trabalho cessar?” Não vo-lo posso dizer. Tenho uma vez e outra externado a minha opinião sobre estas cerimônias, dizendo que elas, sejam de que espécie forem, não são essenciais. Sei que me haveis de chamar fanático, de mente estreita e assim por diante. Não importa.

Pergunta: Algumas pessoas dizem que sois mero reformador com a intenção de impor a convicção sobre um particular ponto de vista; que deliberadamente estais tomando uma atitude estreita em relação às instituições, igrejas, etc., com espírito fanático afim de atingir um fim particular.

Krishnamurti: Não vejo qual o valor em contradizer um tal enunciado. Se sou fanático, continuarei fanático mesmo que haja contradita. O julgamento deve ser deixado livre do indivíduo. Cada qual de vós deve decidir depois de exame impessoal e desataviado se o que digo se parece com fanatismo. Deixai que vos lembre uma coisa: ser fanático significa acentuar um ponto de vista particular, estreito, por maneira exagerada. O que estou fazendo é insistir sobre um princípio central, coisa completamente diferente. Como muitos de vós sabem, em certo tempo filiei-me a sociedades; pertenci a instituições; tornei-me sacerdote como é de direito de todo o Brâmane da Índia; acostumei-me a ir às reuniões maçônicas. Para encurtar razões, fiz tudo o que tantos outros fazem afim de por mim mesmo averiguar. Muito cuidadosamente entrei nessas coisas afim de ver se por intermédio delas podia atingir essa realidade central que é eterna e existe por si mesma; a essa felicidade que é vida. Passei por todas essas coisas, mas fali no descobri-la; e, pois, não encontrando nelas a verdade que tinha em vista, abandonei-as. Encontrei agora o que tinha em vista. E, portanto, quando digo que estas coisas são desnecessárias, não o faço por pretensão ou fanatismo. Digo-o, porque sei que todas elas se tratam apenas dos sintomas e não da causa real.          


Krishnamurti em Acampamento de Ojai, 1930
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill