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quarta-feira, 20 de julho de 2016

O perigo do reino das discussões e das disputas

O perigo, penso eu, das discussões metafísicas, é o de nos afastarem dos conflitos reais que defrontam a cada um de nós na vida diária. A partir do momento que eu fale de algo que somente pode ser auto-realizável, que não pode ser dado, que não pode ser transmitido a outrem por meio de palavras, estaremos aptos a nos embrenharmos nesse reino de discussão, de disputa, afastando-nos do reino de discussão, de disputa, afastando-nos do reino do continuo ajuste. A Verdade, que para mim é Vida, não é assunto de lógica, nem deve ser compreendida por meio de discussões filosóficas ou de disputas metafisicas. Está para além do entendimento intelectual, como longe está do mero sentimento. A verdade não é coisa para nela se acreditar; é para ser realizada por nós mesmos. As palavras que utilizo destinam-se a transmitir um certo significado — porém posso falhar na tentativa. Se se pudesse inventar uma nova língua seria infinitamente mais fácil. Como não posso, porém, tenho que me servir dos termos da linguagem vulgar e de a ela amoldar o significado afim de os adaptar ao meu propósito. As palavras, assim como o intelecto, deveriam atuar como uma ponte. O verdadeiro propósito do intelecto, é ser como uma ponte entre o mundo transitório e o mundo da realidade, o mundo da verdade, o mundo da vida, o mundo da felicidade. E o mesmo acontece com as palavras. Se meramente vos deixardes colher pelas palavras, elas não terão significado. Eu, pessoalmente, não desejo entrar em discussões metafisicas de modo algum. Não é este o meu intento, pois que em tal nos perderíamos; aí então, teremos inúmeras teorias e lutaremos uns com os outros por causa dessas teorias. O que necessitamos não é de teorias, de mais emaranhados filosóficos, porém, sim, de um claro entendimento quanto ao caminho para a conduta, o qual é o caminho para a vida. A conduta a todo o instante deve estar ajustando-se a si mesma, ao propósito do indivíduo.  


Krishnamurti em Reunião de Verão, Eerde, 19 de julho de 1930
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill