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terça-feira, 2 de agosto de 2016

Facilmente vos sujeitais aos enganos de vossa imaginação

Pergunta: O Buda fez menção das características do Arhat como incluindo não somente a união mística, como também os poderes psíquicos e ocultos. Não deveria o homem perfeito possuir tais poderes, o que significa completo domínio do mundo da matéria, em aditamento à sua consecução física?

Krishnamurti: Naturalmente. Porém, é possível que a expressão dos poderes ocultos e psíquicos possa não ser tão necessária como a qualidade mística dessa união. A maioria das pessoas do mundo sente o incitamento pelos poderes místicos e ocultos. Pensam que se tiverem visões, será isto o absoluto atingimento. Na maioria dos casos é isto meramente o resultado da má saúde; e são assim desviados pelo que não é essencial. É muito fácil o vos sujeitardes aos enganos de vossa imaginação do que fazer frente com firmeza e, por essa maneira, a vós próprios purificar.

Todos vós confiais na visão exterior para vos guiar, ao passo que a verdadeira visão — a do entendimento, vem do interior. A maioria dentre vós confia nos poderes ocultos, nas demonstrações físicas; precisa da autoridade dos guias espirituais provindos de um outro mundo para auxiliar e a coagir a se modelarem. Porém, nesse caminho, não se encontra a libertação nem a eterna felicidade a qual vem somente por meio do desdobramento da vida.

Sei que na literatura Budista é dito que o homem perfeito necessita possuir todas as qualidades, porém não necessita expressá-las todas em uma única vida. Se desejardes cultivar essas qualidades de importância secundária para a vida, podeis ir para a Índia onde existem muitas escolas nas quais se ensina o povo a desenvolver a segunda visão, a respeitar adequadamente e assim por diante. Essas coisas, para mim, não são de importância, não são de valor perdurável, correspondem ao fortificar de vosso caráter, os vossos desejos para, por esse modo, desenvolver o entendimento da vida. Sem o entendimento e o preenchimento da vida, não haverá possibilidade de colher essa eterna felicidade em vossos corações e de com ela encher o vácuo oriundo do tédio.

Quando houverdes criado a harmonia dentro de vós mesmos, haveis de criar harmonia no mundo da matéria. Eu me preocupo principalmente com o criar a interna harmonia e não aquela que é exterior. A primeira é muito mais difícil de conseguir do que a segunda, ou por outra, sem compreensão da harmonia interior não tereis a possibilidade de criar harmonia no mundo exterior.

Krishnamurti, 1931
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill