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terça-feira, 2 de agosto de 2016

Pela multiplicação de virtudes não se realiza a Verdade

A Verdade é Felicidade. A realização da Verdade é viva em sua inteireza. Os homens a todo o instante buscam a felicidade por meio do acumulo do que denominam qualidades e experiências. Imaginam que, por desenvolver qualidades, realizarão a Verdade e atingirão a felicidade. Pensam que por meio do progresso, mediante uma série de incidentes ou de experiências, chegarão à Verdade. Porém, a Verdade, a Vida em sua inteireza, está em todas as coisas, a todos os instantes. Jamais se exaure no maior e jamais se acha ausente no menor. Está eternamente presente em toda a sua inteireza. Aquilo que já é completo, não pode evoluir. Portanto, a aquisição, a multiplicação de qualidades não é a realização da Verdade. As qualidades pertencem somente à “entidade egóica”. O ego, o “eu” é somente um centro de qualidades, não é a Verdade, a Vida em si mesma considerada. Portanto, somente por nos libertarmos a nós mesmos do ego, que é a raiz de todas as qualidades, tanto das boas como das más, a Verdade se realiza. Não se trata de progredir. Haveis de imediatamente perguntar; “Que permanecerá então seu eu me desfizer de todas as minhas qualidades? É a resistência, o conflito, o esforço, o contraste das qualidades e experiências que cria na mente a autoafirmação da individualidade. A remoção deste contraste, deste esforço, deste conflito, parece-vos uma negação; se porém, encarardes isto com veracidade, verificareis que é o contrário que se dá. Removei inteiramente a ilusão das qualidades e haveis de averiguar que algo de infinitamente grande permanece e que é a própria Vida. Antes, porém, que possais vos desfazer das qualidades, tendes que vos tornar intensamente conscientes de vossa própria individualidade. Isto exige grande esforço, o vos encarardes a vós mesmos como indivíduos, objetivamente, aparte de vosso ambiente. Por vos tornardes profundamente conscientes de vós próprios é que descobrireis todas as vossas qualidades, todos os vossos temores e, por voz tornardes conscientes, começareis a libertar vossa consciência das limitações provenientes do que é particular.

Em primeiro lugar, pois, realizais a vós próprios como consciência limitada, a qual vem a ser criada pela ideia de que estais separados de todos os outros indivíduos. Quando venceis esta consciência da limitação causada por vós próprios, vem a liberdade de consciência, na qual todo o contraste de determina esforço, cessa. Para mim, a Realidade é o ser completo, o qual é a consumação de todo o esforço, da disciplina — não a disciplina da moral convencional, da religião, do temor, porém a de vosso próprio desejo; e quando este desejo houver sido firmado, torna-se ele sua própria lei. O desejo cria a sua própria disciplina.

Se examinardes o que estou dizendo unicamente com a vossa mentalidade, permanecerá apena como uma teoria puramente intelectual, agradável ou desagradável, de acordo com vossas inclinações. Se, porém, lhe derdes ouvidos, por meio da harmonia da razão e do afeto, então a sabedoria nascerá dessa harmonia. Tendes que por vós próprios averiguar se o que digo tem valor por si mesmo.


Krishnamurti em Calender, Escócia
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill